E se o circo não chegar?
Maria
Amélia Favale
Aconteceu
na cidade onde morava Fernando, meu amigo. Ele era muito conversador, batia
papo até com estranhos.
Uma
vez um velho homem avisou-lhe de que na cidade chegaria um circo. E, Fernando
que era amante destes espetáculos correu para ver a trupe passar. Mas, o que
via era um grupo de pessoas desfilando na frente de uma pequena banda de
carnaval.
Aqueles
personagens não representavam um circo.
Decepcionado
pensou: “não estou vendo nenhuma figura circense”. Foi ai que percebeu que o
ancião que lhe contara sobre a chegada do circo, não sabia que se tratava de
invenção de outro velho maluco.
Como
o velho tinha inventado a história do circo, Fernando resolveu levar adiante e
passou a comentar com todos sobre a chegada do circo, e de tal maneira convincente
que algumas pessoas já acreditavam que haveria mesmo um circo na cidade.
E
muita gente se postou no suposto trajeto, esperando o circo passar.
Depois
de muito tempo deduziram que não existia o tal circo. Alguém mais esquentado bradou:
Fernando vai saber o que se deve fazer com quem inventa história!
Um
dos presentes ponderou: “O circo pode não passar, mas há uma lição positiva nisso
tudo: é que serviu para reunir diversas pessoas de vários lugares que
normalmente passam uma por outras e mal se cumprimentam, mas que agora parece
que são todos conhecidos e com a mesma história para contar.”
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