Saiba o que é importante ler, de Homero a Machado de Assis, para entender a história da literatura
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/100-livros-essenciais-literatura-mundial-644846.shtml
A redação da revista BRAVO! e colaboradores selecionaram os 100 livros mais importantes da literatura mundial
Jorge Luis Borges imaginou certa vez uma biblioteca que contivesse todos os livros do mundo - não apenas os existentes, mas também todos os possíveis. Mais: um único volume desse acervo fantástico ofereceria a chave de compreensão de todos os outros, permitindo que decifrássemos, afinal, o que somos. O texto, A Biblioteca de Babel, foi publicado no Brasil no livro Ficções, uma das 100 obras presentes na lista de 100 livros essenciais da literatura mundial. Esta lista, naturalmente, é mais modesta que o volume imaginado pelo escritor argentino, mas não deixa de ser ambiciosa na sua abrangência.
Por que ler os clássicos?
Um estudo realizado pela Universidade de Liverpool, da Inglaterra, e divulgado em 2013, mostra como obras clássicas estimulam mais o cérebro do que literatura mais simples. Com a ajuda de scanners, o professor Philip Davis monitorou a atividade cerebral de 30 voluntários enquanto eles liam trechos de clássicos de William Shakespeare, T.S. Eliot, William Wordsworth e outras referências literárias britânicas. Os participantes da pesquisa também leram os mesmos trechos com linguagem simplificada. Os exames mostraram que a prosa mais "desafiadora" e a poesia geram muito mais atividade cerebral, do que a versão mais simples.
Os testes também comprovaram que a poesia, em especial, aumenta a atividade do hemisfério direito do cérebro, área relacionada a memórias autobiográficas. Isso sinaliza que a leitura ajuda o leitor a refletir e reavaliar suas próprias experiências. Por esse motivo, o responsável pela pesquisa, Philip Davis, acredita que clássicos seriam mais úteis do que livros de autoajuda.
Seleção
Essa seleção, feita em 2011, foi baseada sobretudo nos estudos do crítico americano Harold Bloom, autor de O Cânone Ocidental e Gênio, além de rankings anteriores, como os da revista Time e da Modern Library, selo tradicional da editora americana Random House. No entanto, a decisão final coube à redação da revista BRAVO! e aos colaboradores especialmente convidados para este trabalho.
Uma lista tão reduzida como esta, diante de uma produção tão vasta, implicou escolhas difíceis já na seleção dos livros. Como conciliar a importância histórica com o apreço pessoal? Não há ciência que possa responder a questões como essa - nem é nossa intenção. A lista que aqui apresentamos tem por objetivo estimular os leitores a fazer as suas próprias. A partir dessas infinitas listas, que contam infinitas histórias pessoais, quem sabe não nos aproximamos um pouco mais, como imaginou Borges, de entender o que somos.
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Ilíada, de Homero
- 2. Odisseia, de Homero
- 3. Hamlet, de William Shakespeare
- 4. O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes
- 5. A Divina Comédia, de Dante Alighieri
- 6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
- 7. Ulisses, de James Joyce
- 8. Guerra e Paz, de Leon Tosltói
- 9. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
- 10. Os Ensaios, de Michel de Montaigne
- 11. Édipo Rei, de Sófocles
- 12. Otelo, de William Shakespeare
- 13. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
- 14. Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe
- 15. O Processo, de Franz Kafka
- 16. Doutor Fausto, de Thomas Mann
- 17. As Flores do Mal, de Charles Baudelaire
- 18. O Som e a Fúria, de William Faulkner
- 19. A Terra Desolada, de T. S. Eliot
- 20. Teogonia, de Hesíodo
- 21. Metamorfoses, de Ovídio
- 22. O Vermelho e o Negro, de Stendhal
- 23. O Grande Gatsby, de Francis Scott Fitzgerald
- 24. Uma Temporada no Inferno, de Arthur Rimbaud
- 25. Os Miseráveis, de Victor Hugo
- 26. O Estrangeiro, de Albert Camus
- 27. Medeia, de Eurípides
- 28. Eneida, de Virgílio
- 29. Noite de Reis, de William Shakespeare
- 30. Adeus às Armas, de Ernest Hemingway
- 31. O Coração das Trevas, de Joseph Conrad
- 32. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
- 33. Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
- 34. Moby Dick, de Herman Melville
- 35. Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe
- 36. A Comédia Humana, de Honoré de Balzac
- 37. Grandes Esperanças, de Charles Dickens
- 38. O Homem sem Qualidades, de Robert Musil
- 39. As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
- 40. Finnegans Wake, de James Joyce
- 41. Os Lusíadas, de Luís de Camões
- 42. Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas
- 43. Retrato de uma Senhora, de Henry James
- 44. Decamerão, de Giovanni Boccaccio
- 45. Esperando Godot, de Samuel Beckett
- 46. 1984, de George Orwell
- 47. A Vida de Galileu, de Bertolt Brecht
- 48. Os Cantos de Maldoror, de Lautréamont
- 49. A Tarde de um Fauno, de Stéphane Mallarmé
- 50. Lolita, de Vladimir Nabokov
- 51. Tartufo, de Molière
- 52. As Três Irmãs, de Anton Tchekhov
- 53. O Livro das Mil e Uma Noites
- 54. O Burlador de Sevilha, de Tirso de Molina
- 55. Mensagem, de Fernando Pessoa
- 56. Paraíso Perdido, de John Milton
- 57. Robinson Crusoé, de Daniel Defoe
- 58. Os Moedeiros Falsos, de André Gide
- 59. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
- 60. O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
- 61. Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello
- 62. As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll
- 63. A Náusea, de Jean-Paul Sartre
- 64. A Consciência de Zeno, de Italo Svevo
- 65. Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene Gladstone ONeill
- 66. A Condição Humana, de André Malraux
- 67. Os Cantos, de Ezra Pund
- 68. Canções da Inocência-Canções da Experiência, de William Blake
- 69. Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams
- 70. Ficções, de Jorge Luis Borges
- 71. O Rinoceronte, de Eugène Ionesco
- 72. A Morte de Virgílio, de Hermann Broch
- 73. Folhas de Relva, de Walt Whitman
- 74. O Deseros dos Tártaros, de Dino Buzzati
- 75. Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
- 76. Viagem ao Fim da Noite, de Louis-Ferdinand Céline
- 77. A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós
- 78. O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar
- 79. As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
- 80. Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
- 81. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger
- 82. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
- 83. Contos - Hans Christian Andersen
- 84. O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa
- 85. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
- 86. Uma Passagem para a Índia, de Edward Morgan Forster
- 87. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
- 88. Trópico de Câncer, de Henry Miller
- 89. Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev
- 90. O Náufrago, de Thomas Bernhard
- 91. A Epopeia de Gilgamesh
- 92. O Mahabharata
- 93. As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino
- 94. Oh The Road, de Jack Kerouac
- 95. O Lobo da Estepe, de Herman Hesse
- 96. O Complexo de Portnoy, de Philip Roth
- 97. Reparação, de Ian McEwan
- 98. Desonra, de J. M. Coetzee
- 99. As Irmãs Makioka, de Junichiro Tanizaki
- 100. Pedro Páramo, de Juan Rulfo
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