O
ALEMÃO BRASILEIRO
Sergio Dalla Vecchia
— Guten morgen! - Disse o alemão sorridente para a
responsável pela liberação da criança escolhida para adoção.
A documentação foi entregue e o casal alemão
exalando alegria saiu com o bebe nos braços.
A rota era São Paulo – Berlim pela Lufthansa,
aeroporto de Tegel.
Berlim estava ensolarada e mais bonita do que
nunca, era assim que o casal a enxergava, naquele momento feliz da chegada
exibindo o tão desejado filho.
Foram para casa em um bairro de classe média alta,
onde o bebe já tinha o quarto preparado prontinho para acomoda-lo com grande conforto.
Assim o tempo foi passando e Guinter foi crescendo,
passando pelos níveis das excelentes escolas alemãs até chegar a Universidade Técnica
de Berlim.
Os pais o adoravam e ele agradecia com o
comportamento típico alemão, muita disciplina e dedicação em tudo que fazia.
Aproveitava as folgas para conhecer Berlim, os
monumentos históricos como o Portão de Brandemburgo, Palácio de Reichstag
(Parlamento) e tantos outros que fazem Berlim a terceira cidade mais visitada
no mundo. Cidade que voltou a ser a capital da Republica Federal da Alemanha em
1990, após a derrubada do muro e a unificação das Alemanhas oriental e
ocidental.
Gunter também viajava bastante com os pais pelas
modernas autobans com velocidade livre conhecendo várias cidades como Munique,
Colonha e tantas outras.
Formou- se em engenharia mecânica e por ser um dos
melhores alunos foi convidado pela Audi para trabalhar no setor de produção.
Onde se deu muito bem e logo alcançou um bom cargo de gerente. Casou-se com
Ângela, ex-colega da faculdade e foram morar em um apartamento na cidade de
Ingolstadt, sede da montadora Audi localizada entre Munique e Nuremberg.
O tempo foi passando e Gunter foi mandado para o
Brasil estudar a viabilidade econômica para que a Audi voltasse a produzir
carros em São Jose dos Pinhais no Paraná.
Assim partiu orgulhoso por ser o protagonista da
tarefa mais importante da sua vida profissional.
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