FÉRIAS ANUAIS
Oswaldo
Romano
Findava dezembro de 2.014. Aquela
história de duas alegrias se repetiam.
Quando os primos chegaram, os papos
se estenderam até de madrugada. Só então as malas foram abertas, pijamas
procurados e demais roupas penduradas. Havia ainda uma esperança de mais algum
presente. Ficou na esperança.
Mal sobrou tempo de montarmos as
traquinices que faríamos nos dias seguintes. Nunca vi passar tão depressa os
três dias.
Era o fim da última noite. Já batia
saudades, já batia a raiva. Fizemos com violência a guerra dos travesseiros.
Fomos nos entregando nos braços de Orfeu, ouvindo sua lira que se afastava até
a escuridão.
Eles
partiram cedo arrastando pesadas malas para as calçadas. Até a partida era uma
felicidade só! A casa ficaria de novo em silêncio, ninguém treparia no
abacateiro, ninguém faria barquinhos de papel para navegarem no lago, tudo
ficaria esperando pelas próximas férias. Havia muito riso dentro de todos, e
muita alegria ainda para ser compartilhada. Ficaria para o ano seguinte.
E,
foi assim que os dezembros voltaram a ser festivos outra vez.
Mais um ano. A gente espera.
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