UMA HISTÓRIA SURRIADA
Oswaldo
Romano
Gostaria de escrever um conto supimpa.
Acho que se escrever tudo que sinto,
ganharia uma carraspana da nossa monitora. Quando soube que se tratava de
monitora, pensei tratar-se de serviço hospitalar.
Broto como ela é, eu já nevando, fico
borocoxô, acanhado, cheio de cuidados com ela que é sábia é bidu. Fica grilada
por pouca coisa.
No íntimo sei que sou inquieto, cafona.
Vivo na pindaíba, meu sapato é uma galocha. Bem que queria abafar como certas
figuras que andam por ai. Por ai e por aqui. O que tem de dondocas, passa da
conta. Só volumes. São vazias, não entendem patavinas. Mas, como são bonitas de
rosto!
Muito xumbregas. Xumbregas? Bota
xumbregas nisso.
Em
compensação tenho um capote que humilha. Seu capuz e forrado de lã. Ela se
mistura e esconde meus cabelos brancos que chegaram tão cedo.
Tomo coragem. Vou mudar. O mundo esta
mudando. Vejo inocentes presos, e culpados soltos. Nunca é tarde, a gente
precisa acompanhar os que pintam o sete nas ruas a procura de melhores dias.
Porem, voltando à monitora, ela guarda
uma paciência de Jó, um coração grande, um pequeno comodismo. Sua tolerância é
maior que o Rio Amazonas que com suas aguas lavam os percalços da vida.
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