Prisioneiro
Vera
Lambiasi
(exercício plagiando
o estilo do colega Mario Augusto)
Esta coisa de celular até para
respirar, pelo amor de Deus!
Ninguém conversa mais.
Meus netos, ou estão ouvindo suas
bate-estacas em seus fones de ouvido coloridos de marca estrangeira, ou jogando
seus games eletrônicos violentos, onde a graça é meter os carros uns contra os
outros.
Vídeos do youtube em tablets
branquinhos acompanham os almoços de domingo.
Interessa mais a eles o que diz a
rede social, do que as boas lembranças de Catanduva contadas pelos avós.
Eu, que detesto um telefone
portátil, ainda assim, andava com um, pendurado no pescoço, no caso da esposa
me procurar, em emergência médica.
A cena era tão ridícula, que minha
filha o apelidou de orelhão de bolso.
Prefiro ser assim, antiquado,
clássico.
Do que viver olhando para baixo!
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