A CABEÇA RODAVA E O CHÃO SE MOVIA - Oswaldo Romano



A CABEÇA RODAVA E O CHÃO SE MOVIA
Oswaldo Romano

         Você acredita em coincidência? — Sim Claro!
         Você acredita em fantasma? — Não!
         Você acredita em bruxa? — Não! Dizem ser  a sétima filha, uma infeliz que vira coruja... Mas, nunca ninguém viu.
         E na Carochinha, você acredita? — Sim, claro é representada como uma simpática baratinha. — Você já viu? Não, não vi.
         Foi com esses pensamentos, eu muito entretido, acreditando  na revelação do meu olhar fixo que analisava os temas apresentados pela monitora da Oficina de Textos do Cap, que comprovei pelo menos, a coincidência.
          Era ela, a monitora, quem entre tantas sugestões, escolhia sobre qual item eu deveria escrever. Eu olhava firme para o número seis que pedia: “A Cabeça Rodava e o Chão se Movia”. Foram vinte temas apresentados, mas sem sorteio, distribuídos a seu critério. Como quem dá as cartas, fitou-me. Mal respirando esperei meu número... Mas, ela lembrando-se da regra voltou-se para todos: Vocêis, atenção, vocêis depois vão falar o que escreveram, sem ler ou olhar no papel! Voltando-se para mim, nessa hora acreditei, ela estava com o seis tinindo na ponta da língua!
         E eu, secando o seis...  Esperava minha vez:
         — Romano?
         — Sim, Ana...
         — Você vai escrever sobre o que diz o SEIS !!!
         — Sim Ana Maria, o 6... – Caraca!
         — Agora me diga: O fantasminha estava trabalhando? Fui ajudado por uma bruxa?  Foi a coincidência, ou qualquer outra lei? Vocês não tem resposta, nem eu. Mas, vou chamá-la de “verossímil”.
         Incrível! Tem muita coisa assim! Só a loteria não dá certo. Justamente hoje que encerro a comemoração do meu aniversário, já ocorrido dia 4 passado, e cumprindo  minha promessa de trazer um  bolo para nossa Oficina de Textos, a tarefa “6” era escrever sobre “A cabeça rodava e o chão se movia”.
         A Oficina de Textos do CAP, é um pequeno e selecionado grupo de futuros crentes redatores. O bolo vendo-se só chamou um champanhe para acompanhá-lo, o que foi feito.
         Eu, no momento como a figura do destaque, contei com o entusiasmo, e ele tomou conta desse meu Eu. Assim bebi o precioso líquido acima do necessário. P´ra que!! A CABEÇA RODAVA, O CHÃO SE MOVIA...
                                                E MINHA IDADE CRESCIA.


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