MATERIAIS DE TODAS AS AULAS

 

MATERIAIS DE TODAS AS AULAS




Tarefa para hoje: O QUE ESSES AMERICANOS ENCONTRARAM NA CASA VELHA? DESENVOLVA ESSA HISTÓRIA

Dois jovens americanos vêm morar em São Paulo. São primos e vão estudar e trabalhar aqui. Ainda não dominam a língua portuguesa, mas andam sempre com o tradutor acionado no celular. Com isso, acabam se entendendo com os brasileiros. Eles são curiosos, afoitos e investigativos. Ambos são empreendedores. Compraram uma casa antiga, muito velha no bairro de Santa Cecília, imóvel que eles mesmos se propõem a executar reforma conforme puderem. E têm em mente que vão explorar ao máximo o bairro onde moram.

Na primeira fase da reforma, eles percebem o piso do corredor com som oco quando pisam. Detectam, de imediato, muito cupim, então removem o antigo piso de tábuas corridas. Verificam que há outro piso de tacos longos servindo de contra piso. Ali, encontram muito mais cupim alojado entre as peças, e removem o contra piso. Eis que descobrem uma escadaria que os leva ao porão. Esse porão, desconheciam, o proprietário não disse que havia, e não constava da planta baixa do imóvel. " É um espaço secreto! ” – Concluíram.

Mas, as surpresas estavam apenas começando para aqueles dois jovens curiosos:

. Encontraram um refém, uma vítima de sequestro.

. Encontraram rádios de comunicação, computadores, livros e documentos escritos em idiomas que eles não conheciam.

. Um homem (ou mulher) que habitava o lugar, clandestinamente.

. Um espião em franco trabalho de espionagem.

. Encontraram um mapa de tesouro.

. Encontraram uma família fugitiva da guerra que acabou há anos, mas essa família não sabia.

. Encontraram um desertor de guerra.

 

Os detalhes virão por meio de subtextos, histórias de fundo, fluxos de pensamentos e expressões corporais e faciais. Mostre as expressões faciais, e corporais dos personagens. Use narrador onisciente. 






Um dia, Franz Kafka escreveu à mão uma carta de 45 páginas ao seu pai, ele talvez não estivesse consciente de que ela acabaria sendo um documento literário a ser treinado através dos tempos. A escrita criativa epistolar é uma forma de expressão artística que inspira os escritores a usarem a imaginação para trazer personalidade ao enredo, para processar a emoção dos personagens e provocar o leitor.

Quando se trata de escrita criativa, você pode lançar mão de inúmeros recursos literários e montar uma estratégia engenhosa para seu texto.  A emoção é um ingrediente que nunca deve faltar à receita. A carta é um desses recursos.

O processo criativo por meio de cartas é o que chamo de “emoção de envelope”. Quando recebemos uma carta, antes mesmo de conhecer o remetente, a ânsia de conhecer o conteúdo nos afeta. O reconhecimento do remetente nos provoca curiosidade. E somente depois virá o sabor com a leitura da missiva. Como podem ver, nossa emoção começa quando chega um envelope...

No texto abaixo, a personagem fica excitada com a chegada do carro do correio, tem o coração acelerado só de pensar no que viria. É claro, toda essa “espera ansiosa” tem por trás um passado, uma história que a faz ansiar pela carta. Você vai MOSTRAR porque ela está ansiosa.

Faça uma transição suave entre o texto que você está criando e o assunto da carta. A frase que precede seu texto deve dar ao leitor um sinal para entender que ele irá mergulhar na carta. Não seja enfadonho com repetições ou formatos severos de uma carta. O entremeado do assunto da carta e seu texto deve ser sutil e necessário para provocar o leitor:


A ÚLTIMA CARTA

(O que vem em uma carta não se deleta, não se apaga jamais)

 

Foi há vinte anos, não consigo esquecer nenhum detalhe, o ruído do automóvel do correio entrando na propriedade, a revoada de andorinhas formando um cordão num sobrevoo artístico. O ronco do motor que se aproximava parecia áspero desta vez, os estalidos dos gravetos, mais secos, gritavam sons angustiantes: “Ah, Meu Deus, aí vem más notícias” – logo pensei. Estava no alpendre debruçada em uma leitura antiga, estiquei os olhos ansiosos para o carro que acabara de estacionar.  Meu coração se exaltou, me lembro muito bem disso, ele sabia que uma tempestade chegaria um dia dentro de um envelope.

O carteiro sorriu para mim:

— Bom dia, Dona Verinha. O sol está ardido hoje, hein! Tem uma limonada gelada aí pra mim?

Corri para atendê-lo. Era quarta-feira, dia do correio, sempre o esperava com suco gelado. Lá de dentro, ouvi sua voz de tenor:

— Trouxe a encomenda da loja do Nico. Ele mandou dizer que, se não servir, pode ir lá trocar. Tem também uma sacola com fazendas estampadas, que a senhora pediu na loja de tecidos do Francisco. E trouxe uma carta vinda de...

Parei onde estava, com a jarra na mão, os olhos cravados no homem, o coração acelerado...

 

 






Comece sua história com seu PERSONAGEM REDONDO jurando vingança, mediante um brado, um pensamento, ou uma ameaça direta.

 

Personagem redondo é aquele cheio de complexos psicológicos, perturbações, inseguranças, problemas aparentes no decorrer da história. Eles geralmente desempenham um papel importante na história. Eles são escritos especificamente para que o público possa prestar atenção neles por um motivo específico.

Um personagem redondo é intenso, deve evoluir, deve ser dinâmico, em constante transformação (evolução). Sua história deve aumentar seu próprio conflito, para que o enredo cresça e as complicações brotem o tempo todo, já que suas atitudes não são previsíveis.

Abaixo tem uma lista de características do personagem redondo:

•      Conflito externo: O personagem se sente muito desagradável em relação a certas pessoas e personalidades. A maioria dos personagens redondos são identificáveis pela dificuldade em se relacionar com as pessoas.

•      Conflito interno: Ele é seu próprio obstáculo. Um personagem bom e redondo terá suas próprias falhas, contradições, inseguranças, dissimulações, filosofias e problemas a superar. Em geral, o padrão de diálogo de um personagem redondo é marcado pela complexidade psicológica.

•      História de fundo: quando encontramos um personagem pela primeira vez, ele geralmente é um adulto ou, no mínimo, um pré-adolescente. Como não acompanhamos a vida do personagem desde o momento em que ele nasce, a história desse personagem é essencial para compreender suas complexidades, traumas, sentimentos, desejos e falhas.

Exemplo de personagem redondo: Os Irmãos Karamazov é um romance sobre os três filhos de Fiódor Pavlovich Karamazov, rico, mas grosseiro, de uma pequena cidade. Ivan, o filho do meio, é profundamente inteligente e profundamente perturbado. Ele é acadêmico e ensaísta e frequentemente fala sobre questões de religião, ateísmo e crueldade humana. Ele está apaixonado pela noiva de seu irmão, Dmitri.

Outro personagem complexo, tido como redondo, ou esférico, é a CAPITU do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. 





O QUE ACONTECEU ANTES DESTES FATOS?


A camionete parou bruscamente ao lado da cena do acidente. Era um sedan cinza capotado, todo retorcido, na faixa esquerda da rodovia. Bento saltou do veículo, precisava ajudar, e já pode ouvir os socos que retumbavam ao longe. Era um homem que, desesperadamente, tentava quebrar a janela do carro capotado. O suor escorria do rosto de Gregório, mas ele não esmorecia. Sua voz trépida gemia por socorro. E havia um choro incontido que não se sabia de onde vinha. Bento aproximou o rosto do vidro do para-brisa do veículo tombado e viu lá dentro uma criança aos berros, presa na cadeirinha do banco traseiro.  À frente, uma mulher desacordada. Viu o combustível traiçoeiro escorrer lentamente sob o veículo e encostar na sua bota:

— Vai explodir essa coisa! – Gritou. 

Correu até seu carro e, com a chave de rodas, estilhaçou o vidro do sedan.  Mas, a porta emperrada, não cedia.

— Meu Deus! Não consigo abrir essa porcaria! Me ajudem aqui! – Gritou num fôlego.

Vendo que o tempo era seu inimigo, ele, num ímpeto, se enfiou pelo vão da janela, atropelando-se pelo espaço apertado, e conseguiu liberar a criança do cinto de segurança. Percebeu uma nesga de fogo clarear na parte dianteira e se avantajar acintosamente pelo painel do automóvel.

— Pega aí!! – Gritou, Bento, colocando a criança nas mãos de Gregório.

Já ia sair, mas arriscou olhar para a mulher com a cabeça tombada ao volante. Tinha muito sangue escorrendo pelo couro cabeludo, mas surpreendeu-se com um discreto movimento de mão:

— Ela parece estar viva! Meu Deus! Examinou o comportamento do fogo, sabia que se expandiria a qualquer momento.

E Gregório, com o bebê nos braços, foi se distanciando do sedan, gritando:

— Sai daí, está pegando fogo, vai explodir! ...

Tarefa para hoje: O QUE ACONTECEU ANTES DESTES FATOS?

Tarefa para casa: O QUE ACONTECEU 10 ANOS DEPOIS?


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Neste exercício vamos trabalhar cenas dinâmicas, cenários dinâmicos, personagens dinâmicos. 

A história se fará entender em 3 tempos: o antes, o agora, e o depois. Não descuide da emoção, nem dos subtextos.

Boa escrita!








Na passagem do século XVIII para o XIX, sete meninas costumavam passar os finais de semana em uma chácara, de propriedade do Tenente General José Arouche de Toledo Rendon, de quem eram irmãs. O referido militar foi pessoa importantíssima em São Paulo. Além de ter inúmeras propriedades, foi o primeiro diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e hoje dá nome ao Largo do Arouche.

Da casa sede desta chácara, localizada às margens do Rio Tietê, onde hoje está o bairro da Casa Verde, nada ficou, a não ser a lenda de que a casa teria a cor que hoje dá nome ao bairro, o que não é correto, pois a verdadeira casa verde ficava no centro da cidade, onde moravam essas sete meninas, mais propriamente na travessa do Colégio, hoje Rua Anchieta, exatamente no número 11.

Paulo Cursino Moura, em seu livro São Paulo de Outrora, aponta que as sete irmãs chamavam a atenção porque eram graciosas e atraentes: "Eram pudicas, recatadas, olhos baixos de soslaio rapidíssimos, inquietos aos primos sedutores, de anquinhas gorduchas em adoráveis saias-balão".

"As meninas partiam em revoada aos finais de semana ou feriados". O que faziam elas? Com certeza, banhavam-se nas águas do Tietê, ainda livre, limpo e curvilíneo; desfrutavam da equitação e de tudo aquilo que a natureza quase intocada pode oferecer. Oficialmente, no entanto, ninguém jamais poderá responder. Sabe-se que as meninas eram vítimas dos boquejadores, aquelas pessoas cuja maior diversão, é falar da vida alheia. É que os passeios das meninas despertavam a curiosidade na pacata São Paulo. “Lá vem as meninas da casa verde", diziam com ironia.

Quem eram elas: Caitana, Ana, Pulquéria, Maria Rosa, Gertrudes, Joaquina e Rudesinda. Todas elas morreram solteiras e bem novas. Caitana, (assim mesmo com "i") a mais velha entre as sete, nasceu em 1752. Ela é uma das irmãs remanescentes quando da assinatura de documentos relativos à transferência das terras, em 1830, com 78 anos. (Fonte: Geraldo Nunes - Jornal O Estado de São Paulo, 2015)


TAREFA: Tomemos esse texto como mote para escrever um conto de ficção sobre uma dessas 7 meninas da Casa Verde. Considerem a época. Considerem o figurino possível, considerem o transporte, o cenário, os gestos, o vocabulário. Transporte-se para aquele cenário.

Será necessária releitura e pesquisa, para que seu texto se encha de passado e verissimilhança. 




Em homenagem aos japoneses que ajudaram a agriculturar o Brasil. 




Faça do Japão (ou da cultura japonesa) o tema da sua história

Que tal transitarmos por outras culturas, personagens engajados em outro ritmo, outros sentimentos, outra educação?

Hoje, neste encontro, vamos criar a história de um jovem japonês que veio morar no Brasil, mal chegou e já se meteu numa “encrenca” qualquer. Talvez devido ao idioma, ou desconhecia a cidade, ou os costumes tão diferentes. Capriche na caracterização do personagemAs características do personagem, lembrando que ele acabou de chegar, tem muito da cultura japonesa.

Em casa vamos elaborar uma história mais centrada na cultura japonesa, seus hábitos e costumes. Desta vez a história é sobre uma idosa japonesa que mora no Japão, que tem um familiar no Brasil, e esse familiar está em apuros. O Japão poderá ser o cenário, e o texto conterá “estrangeirismo”. O narrador será onisciente. E se você desejar, esta idosa senhora poderá ter algum parentesco com aquele jovem que veio para o Brasil, na história de hoje.

Para isso, abaixo há sugestões de nomes para os personagens japoneses, além de diversas pontuações da cultura japonesa, cujas podem ser aproveitadas para compor sua história. Mas, sugiro que façam mais pesquisas dependendo do contexto.

Vejam que trago os nomes utilizados para os entes familiares, apliquem em suas histórias., e temos também outras Curiosidades japonesas:


https://youtu.be/crj4gC8g2JM?si=J0IITcW9f7il8xNZ

Este vídeo mostra algumas interessantes passgens


Na sociedade japonesa, existe o conceito do “Uchi” e “Soto”, que significam, respectivamente, a ideia de dentro e fora, ou de interior e exterior e tem a ver com a relação que a sociedade japonesa se relaciona entre si. Por exemplo:

 

  • Os membros da família são uchi, os vizinhos são soto.
  • Os japoneses são uchi, os estrangeiros são soto.
  • Os colegas de trabalho são uchi, os clientes são soto.
  • kazoku, quer dizer família, tanto no singular quanto no plural, mas também tem o significado de membro da família em japonês.


Irmãos = Kyoudai   兄弟(きょうだい)

Irmão mais velho = Ani   兄(あに)   

Irmão mais velho = Oniisan      お兄さん(おにいさん)    

Irmão mais novo = Otouto        弟(おとうと)      


A maioria dos japoneses tem vergonha de comunicar suas emoções. Assim, grande parte da família japonesa não demonstra muito seus sentimentos uns para os outros. O sentimento de um indivíduo pode torná-lo inconveniente para uma reunião familiar. Além disso, para a cultura do país, falar sempre sobre os seus sentimentos, te torna uma pessoa não confiável.


Nomes Japoneses Femininos Mais Vistos

1.     Kira Significa “senhora”, “que tem plena autoridade”, “feixe de luz”,...

2.     Naomi Significa “meu deleite”, “minha doçura”, “aquela que é bonita e...

3.     Ayumi Significa "razão da beleza asiática", “mar de paz e prazer”, “beleza...

4.     Yumi Significa “beleza abundante”, “mulher extremamente bela”. Delicado,...

5.     Mahina Significa “Lua”, “deusa”, “a iluminada”; “pássaro...

6.     Sayuri Significa “pequeno lírio”, “lírio que nasce adiantado”,...

7.     Nara Significa "a que está mais próxima", "carvalho", "a que achata, torna plano",...

8.     Hana Significa “dom da graça de Deus”, “graça”, “graciosa”, “bem...

9.     Yuna Significa "maçã vermelha superior", "maçã vermelha gentil" ou "vegetal...

10.  Mayumi Significa "arco e flecha real", "arco recurvo genuíno"; "bonita razão",...

 

Nomes Japoneses Masculinos Mais Vistos

1.     Yuri Significa "pequeno agricultor", "aquele que trabalha com a terra", "fazendeiro";...

2.     Koda Significa “amigo”, “companheiro”, “arroz em casca de...

3.     Akira Significa “brilhante”, “luz”, “brilhando”, “próspero”,...

4.     Yuki Significa "esperança superior", "esperança gentil"; "nobre rico", "precioso...

5.     Yoshi Significa "boa sorte"; "justo" ou "bom", "virtuoso", "respeitável".  Como...

6.     Gohan Significa “aquele que é alimentado pelo entendimento” ou “esclarecimento...

7.     Shin Significa “verdadeiro”, “crente”, “avançado”. Shin é um nome de...

8.     Kenji Significa "o segundo que é saudável, forte" ou "o segundo aprimorado,...

9.     Yudi Significa  "bravo, corajoso", "superior, gentil", "homem forte". É...

10.  Naruto Significa “massa de peixe servida sobre o lámen”, “redemoinho”. Naruto...



SAKURA: A primavera, no Japão, é famosa pela floração em massa das flores de cerejeira, também conhecidas como sakura , um evento tão bonito que atrai turistas de todo o mundo. Devido ao seu florescimento impressionante, mas de curta duração, a flor simboliza a fascinante natureza transitória da vida - mas também está associada a uma mensagem de renovação e esperança para o futuro



Carne de cavalo crua é popular no Japão. Em japonês, ela também é chamada de sakura ou sakuraninki, que significa “carne de flor de cerejeira” devido à sua cor rosada. Normalmente, ela é servida crua como sashimis, em fatias bem finas, para serem molhadas no shoyu (molho de soja), mas também pode ser temperada com gengibre e cebola (e passa a ser chamada basashi), lá também fazem sashimi de carne de baleia.



O café da manhã tradicional japonês chama-se Asa gohan, que significa arroz matinal. Trata-se de uma refeição completa similar ao almoço e jantar, com direito a arroz branco, peixe, misoshiro e tsukemono.


  • Há mais de 80.000 restaurantes/lojas de macarrão instantâneo por todo o Japão. De fato, o ramen é um dos pratos que todo turista precisa provar no país, juntamente com o sushi. Apesar de, até poucos anos atrás, o macarrão não ser tão popular e ser basicamente conhecido apenas como uma opção rápida, barata e prática para as refeições, houve uma expansão da sua popularidade e lojas especializadas começaram a aparecer por todos os lados, as chamadas ramen-ya. Além disso, é normal levar a tigela até a sua boca ao invés de usar colher. E isso vale também para os alimentos que exigem o uso dos hashis:

  • Lojas de conveniência, chamadas de Konbinis, são encontradas em toda parte, às vezes dois no mesmo quarteirão.
  • Muitos japoneses ainda tem o hábito de tomar banho em “sentos”. (Banhos públicos).



Existem mais de 2 mil templos em Kyoto.

Kyoto e Nara foram poupados do bombardeio atômico durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua arquitetura e importância cultural.

  • No Japão, há um trem que “flutua” acima dos trilhos por magnetismo e alcança até 600 km/h. O Maglev, de magnetic levitation (levitação magnética) percorre 1,8 quilômetros em 11 segundos e “levita” a 10 centímetros dos trilhos durante o percurso, impulsionado por ímãs carregados eletricamente.  Os trens no Japão são tão pontuais que as empresas inclusive se desculpam se, por acaso, algum trem parte da estação segundos antes do horário oficial.
  • Existe uma expressão para as pessoas viciadas em celulares que precisam passar o tempo todo conectadas: “fear of missing out”, também conhecida como FoMO, ou “medo de estar perdendo algo”, aquela sensação de isolamento que se tem ao ficar afastado dos aparelhos eletrônicos e da internet que acaba levando ao vício.
  • Há quatro sistemas de escrita diferentes no Japão: Kanji, de ideogramas de origem chinesa; Katakana e Hiragana, silabários japoneses; e romaji, a escrita da língua japonesa em caracteres do alfabeto latino.
  • O Japão detém 18 ganhadores de Prêmios Nobel.
  • A maioria das ruas do Japão NÃO tem nome. Ao invés disso, eles numeram os quarteirões e deixam os espaços entre eles – as ruas – sem nome.

 





Fábulas são histórias cujos personagens, em geral, são animais personificados ou seres inanimados. Esse gênero fantástico da literatura procura transmitir uma “lição de moral” utilizando uma máxima como base para desenvolver o enredo, enfatizando o bem contra o mal, o certo contra o errado.

Esopo, um fabulista da Grécia antiga, é considerado um dos maiores criadores desse gênero literário. Para criar suas fábulas, Esopo utilizou máximas como:

Unidos, venceremos. Divididos, cairemos. / O amor constrói, a violência arruína. / Quem tudo quer, tudo perde. / Não se deve contar com o ovo quando ele está dentro da Galinha.

E assim foram criadas fábulas como:

O leão e o rato: Um leão pega um rato, que implora para ser solto. O rato promete retribuir ao leão em troca de sua vida. O leão concorda e solta o rato. Poucos dias depois, o rato encontra o leão preso na rede de um caçador e, lembrando-se da misericórdia do leão, roe a corda até que o leão se liberte. A moral da história é: “Uma gentileza nunca é desperdiçada”.

A tartaruga e a lebre: A tartaruga e a lebre entram em uma corrida. A lebre zomba da tartaruga, observando como ela é naturalmente muito mais rápida do que a tartaruga lenta. Durante a corrida, a lebre faz várias pausas longas e perde tempo relaxando entre as corridas rápidas. Enquanto isso, a tartaruga avança continuamente. No final, a tartaruga vence. A moral da história é: “Devagar e sempre vence a corrida”.

A raposa e as uvas: Esta fábula é a origem da frase “uvas verdes”. Uma raposa avista um cacho de uvas no alto de um galho e as quer muito. Ele dá um salto com corrida para alcançá-los, mas erra. Ele tenta várias vezes, mas sem sucesso. Finalmente, ele desiste e vai embora com desdém. A moral da história é: “Há muitos que fingem desprezar e menosprezar aquilo que está além do seu alcance”.

Várias frases coloquiais foram brotando, derivadas de fábulas, como “um lobo em pele de cordeiro” e “uvas verdes”.

O enredo de uma fábula inclui um conflito simples e uma resolução, seguida de uma máxima. As fábulas apresentam animais personificados e elementos naturais como personagens principais. O gênero pode ter uma pitada de humor quando exalta as tolices do homem. Algumas fábulas também são utilizadas para ensinar às crianças o comportamento e os valores apropriados à sua cultura.

Para criar uma fábula, comece escolhendo uma máxima, tema de sua história. Por exemplo: “Trate os outros como você gostaria de ser tratado”. “Devagar e sempre, vence a corrida”. “As aparências podem enganar”.

Depois, escolha dois animais ou objetos inanimados para servirem como personagens principais. E, escolha as características de seus personagens. Coruja sábia; raposa astuta; abelha laboriosa; aranha complicada; boi forte, etc.

Escolha um conflito simples que demonstre seus traços de personalidade. Por exemplo, em A Tartaruga e a Lebre, uma corrida a pé é o cenário perfeito para contrastar um personagem que é lento.



A Lamparina

Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um brilho superior ao do Sol. Um assobio, uma rajada de vento e ela apagou-se. Acenderam-na de novo e lhe disseram:

- Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o eclipse.

Esopo

Moral: o brilho das glórias não deve te encher de orgulho. Tudo o que se tem, pode se perder.

A lamparina ensina-nos que não devemos nos gabar do que temos no momento. Devemos ter humildade, porque tudo o que é bom pode uma hora também acabar.

Tanto as derrotas quanto as vitórias são passageiras.


A cigarra e a formiga

A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos. Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.

A formiga então perguntou a ela:
— E o que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão, eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu: — Muito bem, pois agora dance!

Esopo

MORAL: Temos que nos esforçar agora, para podermos colher os frutos do nosso trabalho mais tarde. Se não o fizermos, ficaremos dependentes da ajuda das outras pessoas.


A lebre e a tartaruga

Uma tartaruga e uma lebre discutiam sobre qual era a mais rápida entre as duas. E, então, marcaram um dia e um lugar para uma corrida. A lebre, confiando em sua rapidez natural, não se apressou em correr, se deitou no caminho e dormiu. Mas a tartaruga, consciente de sua lentidão, não parou de correr e, assim, ultrapassou a lebre que dormia e chegou ao fim, obtendo a vitória.

Esopo

MORAL: Persistência e esforço aumentam as nossas capacidades e a probabilidade de vencermos. A negligência e o excesso de confiança, por sua vez, podem nos prejudicar.


Agora que você já está mais familiarizado com o gênero, vamos criar a sua fábula.

E se você escrevesse sua fábula em verso? Rima e métrica tornarão sua fábula memorável e divertida, isso também oferecerá um desafio para a habilidade de escrita.

Vamos à sua fábula?







Quando os autores não se preocupam em empenhar emoção na história, é muito provável que a história não faça a necessária conexão com o leitor. Pois é através da emoção contida na trama que o leitor sentirá empatia com o enredo. Se não houver essa conexão, é porque não houve emoção suficiente no texto.

Não tenham medo da pieguice, não fujam daquilo que é importante para segurar seu leitor: emoção textual. O texto é sua mercadoria, ofereça a melhor, a mais atraente, a mais empolgante.

Além do já costumeiro conselho “mostre, em vez de contar”, vocês, escritores, precisam ir mais fundo, se apoderando dos pensamentos dos personagens, das expressões faciais, dos sinais através dos olhares, dos movimentos corporais. Não devem ter receio de levar o personagem às lágrimas, ou às últimas consequências. Façam isso e explorem os sentimentos deles para contagiar o leitor. Invoquem o passado do personagem para provocá-lo, tragam à tona um amor esquecido que vem agora torturá-lo, um crime escondido, um segredo que ele jamais imaginou as consequências se fosse revelado. Provoquem seus personagens! Trabalhem arduamente na emoção do personagem, na emoção textual.

Descrevam dores e sofrimentos, mostrem seus corações batendo forte, o suor escorrendo pelas costas ou suas mãos ficando dormentes por cerrar os punhos. Podem ir além, dizendo ao leitor que ele teme pela sua vida. Sim, numa conversa do narrador com o leitor, ou do personagem com o leitor, mostrem a insegurança, o medo do personagem. Explorem tudo através das figuras de linguagem, escolham um título chamativo, façam valer as ferramentas literárias que moram nos confins de tantas escritas.

Criar dois contos tendo o cuidado de empenhar emoção nos textos.

TAREFA 1: “Uma mulher faz inquietas descobertas por meio de linhas telefônicas cruzadas”

 

TAREFA 2Um homem de negócios está em viagem, quando sofre um mal súbito e perde a memória.

 






IN MEDIAS RES: In medias res é uma frase latina que significa “no meio das coisas”. Na escrita, usamos esse termo para descrever uma história que começa no meio da ação, sem o preâmbulo de uma introdução. O impacto imediato no público provoca a emoção que o fará seguir adiante. O narrador colocando o leitor no centro da ação, ele emprega uma sensação de urgência tornando a narrativa mais imersiva. É uma estratégia poderosa para cativar o público. Muito diferente das histórias que seguem uma sequência linear de cronologia.

Ilíada de Homero, já começa no meio da Guerra de gregos e troianos. Odisseia, o poema começa 10 anos após a Guerra de Troia, com o protagonista, Odisseu, sendo mantido em cativeiro pela deusa Calipso. O resto da história é contada em flashbacks, que exploram os acontecimentos que levaram à cena de abertura.

 

1. Comece pelo meio. Escolha um momento culminante, conflito, discussão, briga, revelação – qualquer coisa que indique que alguma cadeia de eventos ocorreu neste mundo antes do momento crucial.

2. Injete sua história de fundo. Se você começar sua história no meio, o público eventualmente precisará saber quem são esses personagens e o que está acontecendo. Informações relevantes podem ser fornecidas por meio de flashbacks, fluxos de pensamento, alteração da voz do narrador, ou por meio de diálogo - mas há um equilíbrio que todo escritor deve encontrar ao fornecer informações suficientes ao leitor para que ele entenda a situação atual sem despejar um tesouro de conhecimento sobre ele.

3. Torne isso urgente. A cena que você escolher para iniciar deve ser um momento crucial e de alto risco para os personagens principais de sua história e deve fazer parte integrante do enredo. Provoque o leitor, deixe-o ansioso imaginando como e por que aconteceu, e ansioso também para saber se tudo vai dar certo para os protagonistas.

 

TAREFA 1: Um segredo que gera ganância, desconfiança, e um crime.

TAREFA 2: Uma pessoa está desaparecida, ela foi sequestrada, e isso gera tumulto familiar e empresarial.








As emoções humanas nos ajudam a lidar com a vida cotidiana, permitindo-nos comunicar ou demonstrar o que sentimos em relação a certas situações, pessoas, fatos, pensamentos, sentidos, sonhos e memórias.

Muitos psicólogos acreditam que existem seis tipos principais de emoções, também chamadas de emoções básicas. Eles são: felicidade, raiva, medo, tristeza, desgosto e surpresa. A felicidade é a nossa reação ao positivo, assim como o desgosto é o revoltante e a surpresa é o inesperado. Da mesma forma, reagimos à aversão por meio da raiva, ao perigo por meio do medo e à dificuldade ou perda por meio da tristeza.

Todas as outras emoções são variedades de emoções básicas. Depressão e luto, por exemplo, são variedades de tristeza. O prazer é uma variedade de felicidade, e o horror é uma variedade de medo. De acordo com psicólogos, as emoções secundárias se formam combinando graus variados de emoções básicas. Assim, surpresa e tristeza produzem decepção, enquanto nojo e raiva produzem desprezo. Múltiplas emoções também podem produzir uma única emoção. Por exemplo, raiva, amor e medo produzem ciúme.

Cada emoção é caracterizada por qualidades fisiológicas e comportamentais, incluindo as de movimento, postura, voz, expressão facial e flutuação da taxa de pulso. O medo é caracterizado por tremores e aperto dos músculos. A tristeza aperta a garganta e relaxa os membros. A surpresa é uma emoção particularmente interessante, caracterizada por olhos arregalados e queixo caído, que dura apenas um momento e é sempre seguido por outro tipo de emoção.

Com os personagens literários, não é diferente. Eles têm reações reais aos conflitos, e essas reações são gatilhos emocionais que promovem a sequência da história.  

Aqui apontamos algumas delas para ajudar o escritor no desenvolvimento emocional do personagem:

Apatia / Ansiedade / Tédio / Compaixão / Desprezo / Êxtase / Empatia / Inveja / Medo / Constrangimento / Euforia / Perdão / Frustração / Gratidão / Mágoa / Culpa / Ódio / Esperança / Horror / Saudades / Histeria / Amor / Paranoia / Piedade / Prazer / Orgulho / Raiva / Arrependimento / Remorso / Simpatia...

 

 

Hoje, porém, falaremos apenas do MEDO, emoção que atribuiremos ao nosso protagonista na história que será criada em sala:

 

O medo é a reação emocional a uma fonte real e específica de perigo. Um mecanismo de sobrevivência, o medo está geralmente relacionado a uma apreensão em relação à dor. O medo severo é uma reação ao perigo terrível que se aproxima, e o medo trivial ocorre como resultado de um confronto que não representa uma ameaça significativa. Os graus de medo variam de uma leve cautela à paranoia. O medo pode afetar a mente inconsciente por meio de pesadelos.

O medo é muitas vezes confundido com a ansiedade, que é uma emoção muitas vezes exagerada e vivenciada mesmo quando a fonte do perigo não está presente ou tangível. Embora o medo esteja ligado à ansiedade e a outras condições emocionais, como paranoia e pânico, é uma emoção separada por si só.

Os psicólogos descobriram que o medo pode ser ensinado. Por exemplo, as crianças podem ser condicionadas a temer certas coisas. Além disso, acidentes acendem medos. Uma criança que cai em uma piscina e luta para nadar pode desenvolver um medo de piscinas, natação ou água.

 

Em casa nova história será criada, e o protagonista reagirá com RAIVA: (pesquisar mais)

 

A raiva é a emoção que expressa aversão ou oposição a uma pessoa, ou coisa que é considerada a causa da aversão. Os psicólogos consideram a raiva uma emoção natural necessária para a sobrevivência. A raiva pode trazer melhorias comportamentais; no entanto, a raiva descontrolada pode causar problemas sociais e pessoais.

Os psicólogos dividem a raiva em três categorias. Um tipo de raiva é uma reação instintiva a ser preso ou ferido. Outro tipo é uma reação à percepção de ser intencionalmente prejudicado ou maltratado por outros. O terceiro tipo de raiva, que inclui a irritabilidade, reflete os traços de caráter pessoal de um indivíduo.

A raiva às vezes é exibida por meio de atos agressivos repentinos e evidentes. Um indivíduo incontrolavelmente zangado é suscetível a perder a capacidade de fazer julgamentos sensatos e agir com responsabilidade. A raiva extrema é obviamente autodestrutiva, assim como a raiva que não é expressa externamente e mantida internamente. A raiva é muitas vezes mal utilizada por indivíduos que agem com raiva como um meio de manipular os outros.



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