O MOMENTO BRASIL
Maria Luiza Malina
“Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Senhor, dos nossos inimigos”.
Dos oceanos às areias
Das areias às matas
Das matas aos índios
Dos índios à civilização.
Babando no ódio
Obscuros Magistrados
Em togas protegidos,
Roxos na raiva polida.
O povo se agarra na lida
Ainda tida.
Descobre a face que rege falida.
Mortos vivos
Persistem em falar
A se desmascarar a cada dia
Sem saber que rumo tomar
Tendo uma nação a desafiar.
Babando no ódio
Na guerra de secas palavras
Agonizam entre ameaças
Insinuações e respeito às leis
O golpe das secas palavras
Acompanha o seco bate
Do martelo da justiça
Despertando a insegurança
Depenando a Nação,
Ferindo o ar que o Brasil respira,
Na sensatez de melhores dias,
Talvez.
Babando no ódio
D’antes tempos de Cabral
A corrupção enraizada
Defendem.
Enviados à Corte eram
Das matas o corte,
Aos minérios explorados.
De Condes, Viscondes e Barões
Da terrinha advindos
Em cabides de empregos
Sem trovões,
O Brasil se tornou.
Babando no ódio
D´hoje
Da República Federativa do Brasil
Impostos em propinas transformados
Ao estrangeiro, enviados.
Não mais Condes, Viscondes e Barões
E sim, corruptos mil
Turvando a imagem da Nação
Roubando as cores das matas
Do céu de anil.
Importando a cor de sangue
Das fronteiras o solo a contaminar.
Babando no ódio
Da Terra dos Tupiniquins
Em República constituída se tornou.
Da fácil colheita das bananeiras,
Em República das Bananas se apelidou.
Assim ainda prefiro,
A República de Curitiba a se tornar
Onde o suor dos imigrantes se mescla
Ao brasileiro,
Que pelo trabalho e paz
No Brasil ainda acredita.
“Pelo sinal da Santa Cruz,
Livrai-nos Senhor dos nossos inimigos”
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