OBJETO MISTERIOSO - Sérgio Dalla Vecchia

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OBJETO MISTERIOSO
Sérgio Dalla Vecchia

Henrique era um topógrafo que fora contratado para fazer um levantamento planialtimétrico em uma área pantanosa.

O local era sinistro. A paisagem era típica dos pântanos, árvores retorcidas, sem brilho e apinhadas de redes de parasitas.

Nela havia uma casa abandonada com a aparência de um passado inglório.

Henrique chegou com sua equipe de dois auxiliares nesse lugar e logo posicionou os aparelhos topográficos e iniciou as medições.

Quando um dos auxiliares foi cravar uma estaca demarcativa, percebeu que ela não penetrava. Parecia haver um objeto duro enterrado.

Henrique com uma pá, logo desenterrou um objeto metálico de forma circular.     — Que será isso? - Pensou ele.

A imagem que lhe veio à mente foi a de uma mandala.

Curioso e aflito ele lavou a peça metálica até que ela mostrasse o seu conteúdo. Assim uma das faces mostrou-se preenchida por vários círculos secantes, bem como quatro setas nos pontos cardeais apontando para o centro, onde havia uma pedra que parecia ser um rubi.

Enquanto examinava a mandala, percebeu que um dos auxiliares começou a passar mal e em seguida também o outro.

Agora mais preocupado, procurou analisar com mais acuidade os desenhos.

Reparou que na face frontal eles se apresentavam nítidos, mas a outra face mostrava- se obscura, continha sinais sem harmonia e em total desordem.

Nesse momento, Henrique também começou a sentir-se mal. Assustado, juntou-se aos seus auxiliares e saíram em disparada, abandonando a mandala e os aparelhos topográficos.

Já no Pronto Socorro, enquanto eram medicados relataram o ocorrido. Nisso um enfermeiro escutou a história e logo foi dizendo:

—Vocês acharam a mandala?

—Há anos que a família desta casa está a sua procura.

—Os familiares diziam que a mandala possuía poderes mágicos, que os protegiam e abriam as portas da prosperidade.

Entretanto, a condição para o sucesso era de que a mandala ficasse pendurada na mais iluminada parede da casa e, caso contrário o resultado seria inverso.

Foi o que ocorreu com a família que ali habitara. A mandala fora retirada da parede por um desconhecido e nunca chegou a ser encontrada.

Henrique logo entendeu e no dia seguinte voltou ao local em busca dos aparelhos que havia abandonado. Pegou a mandala, levou-a para dentro da casa, onde em uma parede clara a pendurou. E como um milagre o rubi começou a reluzir.


Assim a energia positiva voltara a prevalecer e a equipe conseguiu finalizar o trabalho em paz. O desencanto havia se quebrado!

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