Desculpa de aluno
distraído
Paulo
A. Abrahamsohn
Toc.
Toc. Toc.
-
Entre.
-
Com licença. Boa tarde, Professor.
-
Boa tarde, Felício.
-
Posso entrar?
-
Entre, Felício. Quer conversar comigo?
-
Sim, Professor. É um assunto da mais alta gravidade. Vou falar rapidinho, é zás-traz.
-
Fale, Felício.
-
Professor, eu vinha vindo hoje de manhã, bem cedinho, para fazer a prova
escrita. Ia chegar pontualmente para a hora da prova.
-
Sim.
-
Mas, aconteceu uma calamidade!
-
Conte-me o que aconteceu.
-
Eu estava no ponto do bonde esperando o Avenida-3. Por engano peguei o
Consolação-2. Só percebi quando já estava quase no centro da cidade. Demorei
para sair e voltar até o ponto inicial para pegar o bonde Avenida-3. Cheguei
atrasado, mas agora estou aqui, são e salvo.
-
Pois não, Felício. O que posso fazer por você?
-
Professor me dê mais uma oportunidade. Um trabalho escrito para eu fazer em
casa. Prometo que entrego amanhã, sem falta. É para não ser reprovado na sua
matéria.
-
Felício. Preciso lhe dizer duas coisas. Primeiro: hoje é Sábado, não é dia de
aula e a prova foi feita ontem. Vim para cá só para corrigir as provas.
Segundo: esses bondes Avenida-3 e Consolação-2 que você mencionou, não trafegam
hoje no Sábado.
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