HOMENAGEM PÓSTUMA
Antonia
Marchesin Gonçalves
Célio é meu amigo, na verdade
mais amigo do meu sogro e do meu marido, em função de trabalharem juntos na
área do café, ele sendo corretor respeitado e de sucesso de longa data. Quando
o conheci, sempre em eventos de café, achei-o alegre e divertido.
Adorava um microfone para
sorteios de bingos e animar as festas cantando, pois tinha uma voz de barítono,
incentivava a todos a cantarem com ele. Não entendia porque a esposa o
repreendia sempre, tímida, o oposto dele, não gostava dos excessos do marido.
Umas das suas diversões, consistia em aplicar pegadinhas nas pessoas. Exemplos:
Quando era apresentado a uma mulher, em seguida dizia a ela, é moda usar um
brinco só, o que a pessoa se assustava pondo a mão de imediato nos lóbulos das
orelhas, com medo de ter perdido a joia, e caiam na risada.
Costumava também passar trotes
pelo telefone. Ele se passava por estrangeiro, principalmente comigo, por ser
italiana caia sempre, pois ele mudava o tom de voz e conseguia me enganar. Outra
das suas brincadeiras era andar atrás de alguém bem de mansinho sem ser
percebido, imitando um cachorro latindo, agarrava a barriga da perna por trás,
dando sempre um grande susto na vítima.
No carnaval tinha uma boneca
nega-maluca que prendia nos pés formando um par, dançava pela rua para diversão
dos foliões. Mas não era só de alegria a sua personalidade, tinha também o lado
emotivo muito forte, se emocionava a ponto de chorar com facilidade, parecia
manteiga derretida.
Se
um amigo passava por problemas não media esforços em ajudar. Até
em velórios ele sempre tinha um discurso para homenagear o defunto.
Mesmo aposentado, morando em
Itu, continuava com o mesmo espírito alegre, íamos sempre almoçar com eles no
restaurante Alemão, eram dias felizes. Ficará sempre em minha memória. Maria
Inês a esposa, ainda é uma amiga querida, uma irmã mais velha, nos falamos por
telefone, quando posso procuro visitá-la para matar as saudades.
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