UMA MENTIRA MUITO CARA
Carlos Cedano
A rainha Annie ficou
preocupada com a mentira que tinha dito a seus convidados.
Caso fosse
descoberta seria um enorme desprestigio pra ela perante amigos e súditos. Mandou
chamar a seu Conselheiro para que a tirasse desse sufoco. Tinha que ser uma
solução muito cuidadosa e sigilosa, ponderou o secretario.
— Sim, disse a rainha: Mas, qual?
— Em minha opinião, sua majestade deveria comprar as
porcelanas autenticas da Dinastia Ming.
— Isso custará uma enorme fortuna, disse a rainha.
— É verdade majestade mais o prestigio do reino será salvo e o
da sua majestade também.
— Tome todas as iniciativas necessárias para realizar a compra
com o maior sigilo, disse a rainha, e disfarce a despesa de modo cuidadoso no
orçamento, que não chame a atenção de alguém.
— Certamente disse o Conselheiro.
O Conselheiro tomou
todas as iniciativas do caso e com urgência encomendou a porcelana Ming
realizando o devido pagamento de modo confidencial e sigiloso.
Após três messes de
espera ansiosa a rainha foi comunicada pelo Conselheiro que tinha chegado
porcelana autêntica. A rainha ficou feliz e relaxou.
A porcelana, era
exatamente igual a de Frenberg, mas com o símbolo Ming. Mais tarde a rainha
falou com o Professor Gredin , explicou a solução adotada e o professor
concordou, evidentemente, em manter o devido segredo.
— Que faremos com a porcelana antiga? Perguntou a rainha
Annie.
—Majestade - disse o Conselheiro, se sua majestade me permitir
gostaria comprar a porcelana substituída. A senhora compreenderá que não sou de
grandes posses e que terei que ser muito cuidadoso com o uso da porcelana. O
Conselheiro ofereceu um preço ridiculamente aviltado mais a rainha teve que
aceitar essa quase imposição e compreendeu que sua a mentira tinha saído muito cara.
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