A TRISTEZA QUE VEIO PRA FICAR
Carlos
Cedano
—
Mãããe, onde você está? Manhêêê!
A
mãe não estava em lugar nenhum, o silencio na casa era total. Curioso, disse o
menino falando consigo mesmo, “a mãe não
acostuma sair assim, sem avisar antes ou deixar um bilhete”.
Observando
com cuidado e detidamente o jovem rapaz percebeu que o grande guarda-roupa
estava totalmente vazio, sua cómoda também. Igualmente faltava a caixa de joias.
Correu para a sala e levantou uma tabua do assoalho, o dinheiro que a mãe
acostumava esconder aí, tinha desaparecido. A um choro mal contido juntava-se
agora uma angustia crescente.
Correu
pra a rua e perguntou aos vizinhos e conhecidos procurando informações sobre
sua mãe: a que hora a tinha sido vista, quando e onde? As informações que
obteve foram poucas e, pior ainda, desencontradas, tantas perguntas e poucas
respostas.
A
tarde caiu, cansado sentou-se no chão na entrada de casa.
Subitamente
apareceu seu pai. E o menino se encheu de esperanças, o pai saberia onde estava
sua mãe.
—
Pai - gritou o filho - estou tão feliz de te ver. Mas, cadê a mãe?
O
pai, com lagrimas transbordando os olhos disse:
—
Tenho uma noticia triste pra nós dois. Sua mãe neste momento está navegando
rumo a Europa. Ela nos deixou, e temo dizer-te meu filho que será para sempre.
Pai
e filho se abraçaram fortemente e permaneceram assim durante muito tempo.
Parecia que a tristeza e a dor tinham vindo para ficar eternamente em seus
corações.
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