Cem anos de perdão!
Maria
Luiza C.Malina
As
pernas se antepunham ao seu corpo. Precisa chegar logo, mais rápido do que a
chuva de vento que lhe açoita o jeito franzino.
Procura
gritando desesperadamente pela mãe. Vasculha a casa e não a encontra. Os
vizinhos se agrupam frente à casa para acalmar os gritos sedentos de Manheeeeee!
História
sem fim
Chuva
chuvosa a açoitar
O
pobre rapaz
Que
corre em ser capaz
De
sua mãe encontrar
Na
distância
Da
infância
Em
vão a procurar
A
mais bela palavra
A
gritar.
Manhêêêêêê!
Ecoa
pelo quarteirão.
Mochila
ao chão
O
silêncio no salão
Um
abraço os une
Com
cem anos de perdão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário