O Círculo Virtuoso
Maria
Verônica Azevedo
O grupo tem um encontro, sempre na
quarta-feira à tarde.
Cada
um vai chegando devagar: um mais animado ainda ofegante, outra afobada
parecendo cansada, mas com um sorriso estampado do rosto.
Vão
sentando, nas confortáveis cadeiras de palhinha, em volta da grande mesa, com
interrogação nos olhos. Entra a competente bibliotecária com a bandeja do café.
Aos
poucos vamos abrindo nossas sacolas e os biscoitos vão surgindo para completar
o café.
Então
chega a professora animadíssima, querendo pôr fogo na turma.
Começa
a perguntar pela produção de cada um.
Timidamente
vamos mostrando nossas ideias.
A entrada de mais alguns interrompe
momentaneamente os diálogos, mas não atrapalha em nada. Pelo contrário, traz
mais animação para todos. Novas ideias enriquecerão nossa tarde.
Todos
esperam ansiosos para ouvir o que cada um produziu durante a semana. Embora o
tema seja o mesmo, a variedade de ideias e de formas de relatar anima o debate
e alimenta o grupo. É inspirador descobrir como um mesmo tema pode suscitar
tanta riqueza. A criatividade corre solta.
A gente ri, se emociona, troca ideias, se
encanta e aprende muito com as experiências de partilha.
Depois vem mais desafio e esta sensação boa de
crescimento espiritual se prolonga por toda a semana seguinte, fazendo-nos
refletir em busca de novas ideias para animar o grupo na próxima quarta-feira.
É um círculo virtuoso.
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