Marielle
Ledice
Pereira
Difícil
fugir do tema que causou comoção generalizada.
Ela
venceu a cor, a pobreza, a vida na favela e foi indo em frente.
Sabe-se
lá, como conseguiu estudar, cursar Ciências Sociais na PUC RJ, concluir o
Mestrado em Administração Pública, tornando-se líder. Lutou pelos direitos
humanos, assunto esse tão polêmico, defendendo as minorias. Venceu nas urnas,
obtendo votação maciça: mais de quarenta e seis mil votos que a fizeram
vereadora no Estado do Rio de Janeiro.
E
continuou mostrando a que veio, dando a volta por cima, gritando palavras de
ordem, colocando seus quarenta e poucos anos a serviço de sua ideologia.
Entretanto,
seu discurso direto incomodava a alguém. Foi seguida e, num ataque covarde,
executada.
Quis
o destino que o motorista, alguém que apenas precisava complementar o salário
para oferecer mais conforto à pequena família, estivesse no lugar errado, na
hora errada.
Duas
vidas que se foram, deixando saudade, inconformismo e exemplo.
Será
esse, como tantos outros, um crime sem solução?
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