O ENIGMA DO PILOTO FREDERICK
VALENTICH E SEU AVIÃO
Oswaldo Romano
Há muitos
anos, quando ainda moço, sabiam que Roni já no fim da 3ª idade, tinha sido investigador
da R.G Dun, empresa internacional de investigações.
Tão logo pode,
deixou essa profissão, pois embora ela lhe proporcionasse sucessos, sempre tinha
do lado oposto a tristeza o perdedor.
Quando na notável
empresa internacional, Roni levava a fama de um arguto investigador. Não cuidava
de crimes, apenas casos enleados.
Foi procurado
por antigos contatos, queriam que ele investigasse o desaparecimento do famoso piloto
Frederick Valentich. Aquele que de Melbourne na Austrália levantou voou com seu
Cesna 182L rumo as Ilhas King e abalando o mundo desapareceu, deixando crer ter
sido sequestrado por um OVNIs.
Roni
começou seu trabalho. Descobriu que no Aéreo Clube, Frederich conheceu uma
linda moça, também piloto, chamada Vera. Uma troca de olhar, um sorriso, selava
o início do que se transformou num
apaixonado e perigoso amor. Frederich estudava com Vera o jeito de se
afastar de Lúcia, sua noiva, sem magoá-la,
deixando-a ainda depois do ocorrido com esperança de poder realizar o
sonho da sua vida.
Vera
queria Frederick, não importava como. Encontrou nele seu homem. Ele viu nela a
mulher da sua felicidade. Mas esforçava-se
para não destruir a felicidade de Lúcia,
tão meiga, fiel e que sua mãe há tinha como filha. Uma simples separação jamais
seria perdoada pelas famílias.
Mas o novo
amor de Frederich, sobrepunha-se, falava mais alto. Achando a saída, foram
levados ao absurdo. Armaram, um jeito de
viverem juntos para sempre.
Seus
propósitos seriam realizados, ele ficaria famoso como sempre quis. Chorariam
sua vida tolhida na sua melhor idade.
Como o
arguto Frederick, com a conivência de Vera
realizou sua cilada.
A história é contada assim:
Voava de
Camberra rumo as Ilhas King. Preencheu sua escala de voo com atenção redobrada,
e entregou nas mãos do oficial da torre.
Sobrevoava o mar, sobre o estreito de Bass,
previsão de duas horas de voo. Vencida a primeira hora, pelo rádio, narrou um
fato muito anormal. A torre de controle descrente ouvia. Ele mostraria o
maior susto. Aterrorizado dizia estar
sendo perseguido por desconhecida nave. Incrível, dizia, parece um imenso
charuto! Incrédulo e aos gritos soltava as palavras entre cortadas. — Está sobre meu avião, está me seguindo... Muitas
luzes piscam. Sai voando como uma flecha! O que eu faço? O que eu faço? Olha,
de novo. Está sobre mim!
Narrando
demonstrava todo seu pavor. Perguntava se havia outra nave nas imediações. A
torre negava. Falava detalhes assombrado. Previa colisão, anunciava que seu
avião corria serio perigo. Seus balbucios foram sumindo causando extrema
aflição nos oficiais do controle. Na torre despertou um enorme distúrbio.
Insistiam reatar a comunicação. Nada, nada, mais nada vinha do Cesna.
Os
controladores dispararam alarmes para a Marinha e Aeronáutica. Lanchas salva
vidas foram enviadas. Não encontraram um sinal sequer. A procura levou as
autoridades a exaustão.
Alguns amigos
de Roni não acreditavam no ET. Achavam ter sido uma premeditada farsa. Não
havia testemunho.
Contrataram
Roni para desvendar o mistério.
Esse
diabólico plano montado por Frederick foi para safar-se de um indesejado
casamento, pois apaixonara-se perdidamente pela piloto Vera, sócios do mesmo
aéreo clube, falavam a mesma língua.
Isso
aconteceu em 1978. Os radares existentes não registravam aviões em baixas
altitudes.
Queriam
que realmente acreditassem ter sido tragado pela misteriosa nave extraterreste. Seu corpo, nunca
apareceu.
Nosso
investigador, por dois meses levantou dados da sua vida particular, como se portava, como
raciocinava, elevando seu futuro. Era
um garoto com apenas 20 anos, pouca experiência. Na Escola Aeronáutica
propalava aos colegas que iria se tornar famoso, conhecido. Até então certamente
não tinha nenhuma diretriz formada, a não ser querer aparecer.
Vera em um
plano de voo antigo encontrado por Roni, dava como seu destino uma fazenda,
localizada nos confins de Vanuatu. Uma região inóspita, conhecida por terras cansadas,
imprestáveis.
Roni possuidor
de apurado faro investigativo conseguiu esta informação pesquisando documentos
no Aero Clube local. Lá passou uma semana remexendo arquivos. Foi uma preciosa
descoberta.
Chamou os amigos
e interessados e mostrou ter encontrado o caminho das pedras. Estava fácil o
desfecho do misterioso desaparecimento. Caberia agora à Polícia Federal
Australiana, sediada em Camberra, revelar o fim do mistério.
Foi montado
um aparato policial, e partiram para a distante ilha Vanuatu, onde prenderiam Frederick
Valentich.
A
população de Camberra estava ansiosa, agitada esperavam notícias.
Nada de ETs, nada de charuto, nada de Ovinis. Mais uma
lorota!
— E a
notícia finalmente chegou. Foi encontrada a falada fazenda.
Muito longe!
Muito mato, abandonada!
— Sim... E
Frederick ?
— Acredita-se tenha fugido para PASSÁRGADA.
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