Até Quando?
José Vicente J. de Camargo
Os olhos
cansados procuram os óculos esquecidos em canto qualquer
A memória se
esforça em reconhecer no retrato o amigo que foi
As pernas
oscilam no andar cauteloso do passeio diário
A mente
vacila no entender da leitura do autor preferido
Os lábios abafam
as frases sopradas em vago sentido
O sono se estende brigando com a insônia que
teima em ficar
O amor se
transforma em carinho amistoso na importância crescente do viver conjugal
O paladar se
confunde, a audição se complica, as dores aumentam, as lagrimas escapam, tudo sem
justos motivos para tal proceder
Até quando? Uma
vez mais pergunto ansioso
Amanhã
saberás! Uma vez mais contesta a voz que do espaço me vem
E, uma vez mais, afasto a dúvida insistente e animado
prossigo na ciranda do tempo
Na espera da resposta que o amanhã me dirá...
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