O
SORRISO DO ADEUS
Ledice Pereira
Eles
foram chegando aos poucos e em grupos. Não tinham ideia do que iriam encontrar.
Os prognósticos não eram os melhores. Tudo parecia indicar que teriam que
enfrentar vários fantasmas.
A
imprensa alardeava que enfrentariam doenças, assaltos e desconforto.
O medo do
desconhecido os acompanhava.
E veio a
abertura dos Jogos Olímpicos. Organizada e, apesar de simples, tocante.
Cada
grupo encontrou-se alojado, ainda que, inicialmente, houvesse alguns problemas.
Todos
concentrados tinham o mesmo objetivo: vencer.
Assim,
cada atleta esforçou-se para dar o seu melhor.
Algumas
equipes mostraram-se superiores. Vieram preparadas.
Alguns,
atletas solitários, procuravam vencer a ansiedade e o adversário.
Vieram as
primeiras medalhas.
Os cinco
continentes uniam-se na emoção, nas lágrimas, no amor à sua bandeira e ao seu
hino.
Foram
quinze dias nos quais o que se viu foi superação.
As
críticas foram aos poucos substituídas pelo elogio.
Tudo foi
dando certo.
Com um
saldo positivo, chegou-se ao final com uma festa que mostrou ao mundo que esta terra verde e amarela, além
de ser cordial, tem muita alegria para dar.
Aqueles
grupos, que haviam chegado cheios de medo, voltavam para seus países levando,
além de medalhas, o sorriso do adeus.
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