A MALA
Ledice Pereira
Tudo caminhava para que nossa viagem fosse
inesquecível.
Escolhemos com antecedência nosso destino, Cidade
do México.
Traçamos os roteiro, não sem antes nos
aconselharmos com amigos viajantes.
Além disso, iríamos encontrar uma senhora amiga e
seu filho, que havíamos conhecido quando de nossa ida de Madri à Andaluzia, Eva
e David.
E lá fomos nós, animados para uma cidade que
tínhamos curiosidade de conhecer, pela cultura, advinda dos Astecas e Maias,
pela musicalidade, pela peculiaridade do lugar.
Conseguimos realizar boa parte do que idealizamos:
visitamos o museu de Antropologia, maravilhoso, que filmamos e fotografamos; a
casa azul da Frida Khalo com lindo jardim; fizemos a excursão para as pirâmides
do Sol e da Lua, imperdível.
Visitamos Xoxomilco, onde fizemos um passeio de
barco ao som das músicas dos Mariachi.
No oitavo dia, em uma excursão de dia todo que
fizemos a Taxco, conhecemos uma senhora argentina que viajava só e se sentiu
protegida por mim e por meu marido.
E desde esse dia, ela, que estava hospedada no
mesmo hotel em que nós estávamos, resolveu fazer tudo que fazíamos.
Acontece que ela não tinha espírito esportivo. Não
apreciava a comida mexicana, colocava empecilho em tudo, não se dispunha a andar
de metrô e queria fazer as refeições todas no próprio hotel. Ela insistia para
que nós fizéssemos companhia a ela.
No dia que marcamos de nos encontrar com os amigos
mexicanos ela não queria se conformar em não fazer parte da comitiva.
Meu marido, menos paciente do que eu, teve que ser
firme ao recusar que ela nos acompanhasse.
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