A
Caixa de Presentes.
Sergio Dalla Vecchia
Era uma bela manhã ensolarada nos céus de Alphaville.
Arthur como de costume, levantou-se da cama, foi ao
banheiro fazer sua higiene matinal e desceu as escadas para o andar térreo.
Abriu as portas de vidro que davam para a piscina e
respirou profundamente o ar fresco da manhã, emanado pelas plantas dos jardins.
Foi ate a porta principal, abriu-a vagarosamente em
busca do jornal que era entregue diariamente, sobre o capacho da entrada.
Quando se abaixou para pegar o jornal, surpreendeu-se com
presença de uma linda caixa de presentes ao lado do jornal.
Ela estava muito bem embrulhada com um papel de
primeira linha e adornada com uma fita bem larga de seda vermelha, que realçava
o grande laço que a ornava.
Ele pegou o seu jornal e nem tocou na misteriosa
caixa. Deixou-a lá, inerte!
Fechou a porta e se foi para a cozinha tomar o café da
manhã.
Pegou o interfone e ligou para o seu quarto, onde a
sua esposa ainda se encontrava.
Ela atendeu e ouviu a voz seca do seu marido dizendo:
—Bom dia, você
não vem tomar café comigo?
Ela respondeu prontamente:
—Já estou indo!
Ele sentou-se à mesa e começou a ler o jornal até que ela
chegou. Ele de pronto a questionou:
—Você tem ido
jogar tênis com muita frequência ultimamente não?
Ela surpresa com a pergunta respondeu:
—Sim, como
sempre. Você já esta cansado de saber, que eu jogo duas vezes por semana com as
minhas amigas da Federação.
—Por que você
esta me fazendo essa pergunta fora de hora, em Arthur?
— Não sei, você
é quem sabe, pois não sou eu quem recebe um presente tão bonito na porta de
casa e ainda por cima sem os nomes do remetente e o do destinatário ! Vá la
ver ! Rosnou Arthur!
Ela partiu assustada correndo em direção a porta, abrindo-a
com ímpeto e deparou-se com a linda caixa.
Pegou-a com as mãos, contemplou-a, encostou-a em seu
rosto e só aí que se deu conta de que
era o dia do seu aniversário e que também
o seu marido, sempre lhe pregava peças desse tipo.
—Arthur? A charada é muito fácil. -disse a alegre
esposa. O destinatário sou eu e o
remetente só pode ser você meu querido! Já saindo de encontro ao marido que
a esperava de braços abertos e com aquele conhecido sorriso do bom pregador de
peças.
—Parabéns minha
querida! Disse ele já envolvido no abraço apertado que a sua esposa lhe
aplicara.
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