DOIS OLHOS NA ESCURIDÃO
Conto
coletivo
O
arbusto balançou, imediatamente o caçador mirou a lanterna e dois olhos
reluziram na escuridão da mata.
Que
bicho será? Pensou ele.
De
repente, lembrou-se da última caçada, quando foi surpreendido por um grande javali,
que quase o mordeu, não fosse a perfeição do tiro. O animal tombou morto aos
seus pés.
Não
havia tempo para lembranças, imediatamente apontou a espingarda entre os dois
reluzentes olhos.
Apertou
o gatilho. Nada! O mecanismo travou. Tentou novamente. Nada!
Assustado
saiu correndo. Estava agora desarmado e não sabia o tamanho do bicho.
O
caçador logo no arranque enfiou um pé num buraco e caiu gemendo de dor.
No
chão, imóvel, esperava apavorado pelo ataque da fera que saiu de trás do
arbusto e vinha em disparada na sua direção.
Qual
foi seu alívio quando verificou ser apenas uma raposa desesperada que passou
correndo ao seu lado embrenhando-se na mata.
O
caçador após passar por mais esse susto, reavaliou a continuidade desse seu
excêntrico hobby.
Assim
a raposa, pequena e frágil derrubou um homem de medo, validando o velho ditado
que diz:
À noite todos os gatos são pardos.
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