A SENTENÇA - Sergio Dalla Vecchia


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A SENTENÇA
Sérgio Dalla Vecchia


Naquele instante as palavras embaralhavam sua mente, silabas trombavam e letras voavam aleatórias.

Lá estava ele perante o juiz.

Um homem sentado sobre seu próprio destino no banco dos réus aguardava ansioso o início do seu calvário criminoso.

Toc, toc, toc bateu o martelo no malhete e iniciou-se o julgamento.

Com a palavra o promotor!

Da sua boca partiram dardos envenenados em direção ao réu, alvejando em cheio cada um dos seus pecados.

Cada estocada feria diretamente a sua honra, que até então, não tivera a oportunidade de conhecê-la.

A condenação crescia a cada palavra do promotor.

Os argumentos terminaram e convicto cedeu a palavra à defesa.

Ela bem que tentou, mas não havia argumento que desqualificasse a verdade.

Toc, toc, toc bateu o martelo no malhete e o veredicto foi anunciado;
Culpado!

Foi só o que o réu consegui ouvir.

Engoliu a seco!


Agora as palavras estavam nítidas, as silabas ordenadas, letras colocadas e a palavra construída foi, arrependimento.

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