No bonde
Conto
coletivo: Autores: Maria Luiza C. Malina, Carlos Cedano, Mário Augusto Machado
Pinto, Oswaldo Romano, Fernando Braga, Sergio Dalla Vecchia.
No
bonde, deslizando pelos trilhos, apinhado de pessoas penduradas no estribo estavam
jovens militares, reconhecidos pela farda e botas de meio cano. Era domingo,
dia de folga, iam divertir-se na boate no centro da cidade.
Ao
chegarem viram o aviso no muro que não haveria função por falta de
eletricidade. Ocorrera um acidente em que o veículo, em alta velocidade,
derrubou uma árvore sobre os fios elétricos. A força da batida inclinou o poste
sobre o telhado, liberando uma faísca azul.
Um
dos militares ficou preocupado porque havia marcado um encontro com a namorada
às 21:00 horas e já eram quase 22:00 horas. Notou-se uma lágrima a lhe escorrer
pela face.
Os
jovens que estavam na boate, revoltados
com a falta de iluminação, iniciaram uma briga. Um deles sacou o revólver
atirando para o alto e, outro tiro em
direção da porta. As pessoas que passavam na rua, assustadas, correram de medo.
No
alvoroço, o militar pode vislumbrar parada junto ao muro do aviso, a namorada à
sua espera. Feliz correu abraçá-la.
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