IMPRESSIONISMO
Oswaldo
Romano
Tenho que reverenciar os pintores
impressionistas. Antes na juventude, tempo em que dava pouca atenção ao mundo
das artes, achava-as simplesmente bonitas. Via nelas um carinhoso cuidado de
quem não sabia bem o que fazer no futuro.
Assim, apanhavam uma pedra e
martelando-a nasciam formas que os levavam a identificar uma possível figura.
Animados às completavam, direcionados aos impulsos que sentiam. Nascia uma obra
que apresentavam aos aficionados como cuidadosamente programada. Era assim que
via os escultores.
Ideia semelhante carregava nos meus 18,
20 anos a respeito dos pintores identificados como impressionistas. Eram vistos
comparados as primeiras máquinas fotográficas cujas lentes imperfeitas
registravam uma imagem desfocada.
— Era a propósito? —Não! Estas não eram!
Faltava tecnologia. Os construtores duvidavam tê-las um dia como a vista
humana. Nossas vistas instantaneamente medem a distancia da imagem, e mais, perto
ou longe.
Mas
não se passaram muitos anos, estão chegaram lá.
Analisando o impressionismo na pintura,
deduz-se que aconteceu o contrário. Imagens perfeitas, nítidas, os melhores das artes fazem com seus pinceis. Fáceis delineadas, superiores. Orgulhavam-se,
de conviverem com reis, príncipes e princesas em seus palácios. Contratados
para pintarem suas imagens, abrigados em majestosas salas, ou as mais ousadas
em seus aposentos, desdenhavam do mundo exterior.
Já, os pintores impressionistas mudaram,
saíram das sombras. Iluminaram a pintura e se iluminaram. Suas obras davam-nas
prontas quando sentiam realizados seus egos na amplidão, o céu e o sol, certos
de terem alcançados seus ideais.
Renoir, Monet, Pizarro e seguidores
revolucionaram o mundo com seus inigualáveis trabalhos. Monet retratando na catedral de Rouen, na Normandia, curtia a
distância sua linda mulher Camile vestindo aquele vestido verde. Reproduziu com
seus pinceis a tela “Vestido Verde”, um quadro que agitou o mundo do
impressionismo.
Renoir, difícil é cair no godo um quadro
seu mais lindo que “Lise Com a Sombrinha”. Encanta os aficionados. É a porta
que nos leva a conhecer seu enorme cabedal,
como vimos na apresentação de Deborah Paiva
no Clube Alto dos Pinheiros.