LENTES
DA ALMA
UM MOMENTO NO CLUBE
M. Luiza de C.Malina
Um dia, ou por um instante
no relance de olhos, o Clube Alto de Pinheiros atrai o visitante. A arquitetura
discreta, é imponente.
Percebida num olhar para o
escuro, desvenda a arte discreta em espaços inimaginados. Uma tendência
contemporânea abraçada à lendária Araucária. No contraste, a maravilha da criatividade
da mente humana, em que a sobra de ferros da construção decoram a parede que
envolve o teatro, em suma maestria.
Hoje, o dia chorou
lágrimas de gelo. Rasgou as folhas da bananeira. Tudo passou muito rápido,
deixando os acontecimentos dentro das gavetas do acaso.
Quem passou sorriu, quem
não sorriu ficou com a chuva dentro de si.
A Strelitzia despenteada,
exibe em seu bico de ave do paraíso, a magia das três gotas, a espiar a piscina,
no azul do convite do mormaço a te chamar.
Alguém arrisca um palpite,
– “Dia feio, não!” Penso e não penso no “que nada!” Até mesmo uma tarde de
chuva é bonita no Clube. As plantas se banharam a ainda seguram o néctar dos
deuses, transformados em gotículas, que emprestam ao ar pesado o aroma da
lavanda, que deixa acariciar seus ramos aveludados, retribuindo com o impregnar
do cheiro na mão.
Arrisquei e roubei uma
flor para Você!
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