A ORQUÍDEA E O
SORRISO
Carlos Cedano
A Primavera é a
estação das flores e dos romances dizem, nessa época percorro todos os anos feiras,
jardins, floriculturas e todo lugar onde se façam exposições delas. Tenho
certeza de que encontrarei a flor que procuro, só não sei quando, mas sou paciente e
persistente.
Não tenho
preferencia se rosa, cravo, margarida,
tulipa, violeta, gérbera, orquídea, flor-de-laranjeira, crisântemo ou magnólia. Quando
achá-la saberei que é ela por que sorrirá para mim!
O dia que a encontrei, há mais de cinco anos, sai cedo de casa, tinha um
roteiro de visitas planejado com a devida antecedência. Comecei por Holambra e,
como sempre, fiquei admirado pela beleza e qualidade das flores de todas as
cores e espécies, e para todos os gostos. Era um espetáculo que sempre me
deixava extasiado e desta vez com a sensação de que seria diferente das outras.
Continuei caminhando durante um longo tempo e quase no fim da área de
exposição vi uma pequena barraca, suas flores eram lindas, variadas e arrumadas
com muito bom gosto, mas não havia pessoa nenhuma para atender, ia continuar
meu percurso quando escutei uma voz atrás de mim que disse:
— Posso ajudar o senhor em alguma
coisa?
Virei-me e me deparei com uma bela e exuberante mulher com um vaso com
uma belíssima orquídea:
— Sim, mas acho que já encontrei a
flor que procurava, é a que está em suas mãos!
— Oh!
Fico feliz! - disse ela abrindo um belo e espontâneo sorriso.
Foi nesse momento que tive a certeza
plena de que era a flor que tanto procurava, que queria levar para casa, fiquei
olhando-a diretamente a seus olhos:
— Gostaria
levar a orquídea, mas o sorriso vem junto?
Por breves segundos ficou surpresa
com minha pergunta, mas logo se recompus:
— Somente
se você prometer cuidar dos dois com muito amor e ternura.
Foi o início de um belo romance que
acabou como devia quando se encontra o amor, agora somos uma família muito
feliz.
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