UMA ILHA ENCANTADA - Acácia Lima

UMA ILHA ENCANTADA
Acácia Lima

Era uma vez uma ilha que ficava muito distante da terra.
Diziam que foi encantada por uma doce fada, que por ali passou e se apaixonou. Não se sabe por quem.
Certo é que a ilha era feita de lindos doces.
As montanhas eram feitas de pão de mel.
A água da cachoeira era de chocolate cremoso.
Havia ovinhos coloridos por toda parte.
Bengalas de açúcar listradas de branco e vermelho, aqui e acolá.
Os troncos das árvores eram feitos de chocolate, e pareciam caras de horrendas bruxas. 
 A ilha era linda, colorida, cheirava a bolo, baunilha, chocolate e anis.
De repente, ouviu-se um enorme barulho.
BRUUUMM!
 Era mister Magoo, chegando em seu cavalo colorido por grande bolas.
— Hein!! Estão vendo quem eu trouxe? Gritava alegremente.
Seu companheiro inseparável era o Lino.  Na verdade, uma cartola muito alta, que tudo via e ouvia. Tinha um único olho, muito arregalado na parte central.
Lino via longe e logo comunicava para Mister Magoo as novidades da ilha.
— Quem você trouxe? Quem você trouxe? - gritava o pequeno dinossauro verde.
— Ah! Vejam a Srta. Mary.
Senhorita Mary era desconhecida na ilha. Era uma pequena coelhinha, bem orelhuda, que morria de vontade de que comer os doces da ilha.
A fada tinha  deixado uma maldição.

O visitante não podia comer nenhum doce da ilha. Se provasse algum, ficaria para sempre na ilha.

Mary morava na ilha dourada. Isso mesmo, a ilha era toda de ouro.  Alimentava-se apenas de vegetais. Não havia doces coloridos, nem brinquedos como na ilha encantada.
— Você não pode provar nada! - gritava alto a cartola de mister Magoo - Estou de olho !!! Estou de olho!!!
— Eu sei disso. Afirmava Mary - Só quero conhecer os doces da ilha.
Visitou toda a ilha desfilando sobre o cavalo de mister Magoo, usando uma linda sobrinha branquinha, que recebeu ao entrar na ilha encantada.
Mary pensou que poderia sair com pelo menos um docinho escondido. Comeria depois, quando estivesse em casa.
— O que você tem ai? - Perguntou o porteiro da ilha.
— Nadinha – respondeu aflita, Mary.
— Como nadinha? – desconfiava. Posso sentir o cheiro do doce que você leva.
Rapidamente, Mary engoliu o ovinho azul, sem nada pensar.
Mary então ficou presa para sempre na ilha encantada. A ilha já não lhe parece tão doce, nem tão linda.
Os doces, aliás, lhe parecem até bem enjoativos.
Que saudade Mary sente de sua ilha dourada, ela sim era a ILHA ENCANTADA.       
                  

         

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