Questionamento - Luísa Helena Rodrigues Alves

Questionamento
Luísa Helena Rodrigues Alves

O amor é eterno?
Que seja infinito enquanto dure?
Então, se não se eterniza não é amor?

Duas amigas conversavam.

A paixão é efêmera.
A paixão se constrói em cima da imagem de um ser ideal!
Quando esse ser despenca do altar de santo se torna um demônio, de príncipe à sapo.
O ser real é visto com seu lado mais sombrio, demasiadamente, humano... Como dois jovens que namoram perdidamente apaixonados, casam-se, depois de alguns anos ou meses, descobrem que não gostam mais um do outro.
Acabou o encanto! Era o efeito de alguma magia? Ou simplesmente não era amor...
Era paixão  com certeza.
A paixão é cega e temporária.
O amor é como uma planta que tem que ser regada com a água da admiração, adubado com carinho, elogios e agrados. Tem que ver o outro  feliz!
Na rotina do dia a dia, depois de assegurada a  conquista tudo se esquece, sempre vive o brilho da novidade, de uma nova conquista...Mas cuidado, a felicidade pode estar bem perto, do seu lado!
Nisso as amigas se entreolharam e se disseram:

— Que bom ter você como amiga!

Passam-se os anos e apesar das diferenças de gostos e personalidades, aprendemos a nos respeitar e cuidar  e admirar. Uma era casada há 40 anos. A outra separada, mas, guardava no coração as experiências boas que viveu no seu casamento. E olhando com um olhar amoroso para seu passado, completaram:

— Os amores verdadeiros são sempre eternos!
Lindos! Lindos! Lindos! Lindos! Lindos!


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