MULHER
RELIGIOSA QUER MUDAR DE VIDA
Oswaldo Romano
Dirce
era uma criança que demonstrava extrema calma. Crescendo encontrou na igreja o
espaço certo para meditar, fazer novas amigas, rezar e estudar os seus
ensinamentos.
Assim
permaneceu durante alguns anos. Estava contente, porem não tinha receita para
seu sustento. Apelou para os Salmos que lhe indicassem um caminho digno. Foi-se
abrindo um novo horizonte e nele encontrou a forma de, sem abandonar totalmente
a igreja, ganhar seu sustento.
Debruçou-se
sobre alguns ensinamentos, como:
“Tira
a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois
me fizeste bem.”
“E
vê se há em mim algum caminho mau, e
guia-me...”
Dirce, na reza descarregava os
segredos que guardava na adolescência. E apoiava-se nestas palavras:
“Bem
aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado”
Então descobriu que não fugindo das
suas virtudes, poderia viver melhor:
Aceitou o convite de uma amiga para que
preenchesse o lugar de outra que havia falecido. Só tinha que registrar-se na
Agencia.
O
anúncio da empresa era: Uma agência com
vasta experiência em exportação para o além. Você entra com o defunto e nós com
os acompanhamentos.
Iria
continuar rezando, mas agora tinha que também chorar. Vestir-se de preto. Choraria
muito! Seria chamada de carpideira. Seus colegas homens de trabalho seriam os farricocos.
Rápido aprenderia elegia no murmúrio e elegíaco, sua principal função.
Sua
colega explicava: — Tem funeral que
nossa agencia serve também os comes e bebes. Nossa profissão existe há mais de
2000 anos antes de Cristo. O choro compulsivo leva o mesmo aos presentes.
É tanta a emoção que chegamos até beijar o
defunto. Vale o esforço, o salário é bom.
—
Tá bem amiga, mas fico com o padre Bruno da igreja.
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