Narrador na primeira pessoa
A tristeza tomava conta e mim.
Eram tantas as tragédias que eu mal conseguia
me levantar. Em posição fetal grudava à cama sem ter coragem de enfrentar a
realidade.
Foi preciso minha mãe vir me forçar a deixar o
quarto.
O relógio marcava 13:10h.
Minha cabeça pesava, o corpo doía.
Eu queria enfiar a cabeça no chão, qual um
avestruz.
Narrador
na segunda pessoa
Naquele emaranhado de gente, você procura
alguém conhecido e não encontra ninguém.
Vai dando um desespero. Você se sente
absolutamente só e desprotegida, sabe?
Tem vontade de gritar, mas quem iria te
escutar?
Começa a rezar para encontrar um caminho.
Parece que nem os santos te escutam.
No meio de tanta gente, sente-se só.
De repente, você dá de cara com aquele velho
amigo em quem você sempre confiou. Uffa!
Salva pelo gongo!
Narrador
na terceira pessoa
Enrico estava eufórico. Pela primeira vez havia
sido selecionado entre os atletas para compor a seleção de vôlei que
representaria a escola no campeonato interestadual.
Com apenas quinze anos tinha 1,98m e sacava
bem.
Tinha se esforçado durante todos aqueles anos
de treino para ser bom. Era assíduo e os colegas o chamavam de Caxias.
Deixa pra lá podem me chamar do que quiserem
vou atingir meu objetivo, ainda sentirão orgulho de mim.
Valera o esforço: sacrificar as baladas de
sábado para acordar ainda na madrugada do domingo e ir enfrentar os times rivais
das escolas distantes.
Agora sorria. O sorriso da conquista, do
objetivo traçado.
Um dia se Deus quiser serei melhor que o
Lucarelli!
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