O PAPAI NOEL MORA NA MINHA RUA
Oswaldo
Romano
Lá pelo
mês de novembro começa a preparação das bandeiras, são dados os primeiros
toques na preparação do final do ano, em especial porque Papai Noel mora na
nossa rua.
Vamos
pendurá-las por todo espaço colorindo o céu de verde amarelo, azul e branco.
Naquela
mansão de muro alto coberto de hera é sua residência. Toda vez que transito em
frente vejo aquela imensidão de folhas se transformarem em centenas de longas barbas
brancas esvoaçantes.
Com
mais um milhão de bandeirinhas, cintilantes, luzentes e trêmulas, vamos
oferecer a via da alegria, a via venerada do Papai Noel.
Não
acione a campainha da mansão. Enquanto ele dorme está viajando pelo mundo,
procurando presentes. Ao acordá-lo a lei de Murphy não perdoa: é como se você
lhe desse férias, ele acorda, deixa de trabalhar.
Siga
meu exemplo. Só passo em frente a casa na banguela. Sem barulho do motor. O carro
sorri, desacostumado a tanta quietude, recebendo um bálsamo aromatizante
emanado de tantas bandeiras. Jogue em frente sua cartinha com pedido. Alguém
vai colocá-la na caixinha do correio. Nenhum outro louco vai abri-la e se
responsabilizar pelo seu desejo.
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