AS FÉRIAS DO DESTINO - Sérgio Dalla Vecchia


Locomotiva a vapor

AS FÉRIAS DO DESTINO
Sérgio Dalla Vecchia

O trem seguia audacioso sobre os trilhos, ia deixando para trás as cidades, e a felicidade.

Tetrec, tetrec, tetrec, era o som acalentador das rodas batendo nas emendas dos trilhos, que junto ao balanço do vagão, embalavam o cochilo do jovem Osvaldo. O destemido!

Ele acabara de partir da pequena cidade do interior.

Deixando para trás o aconchego da família, que tinha o necessário para   viver dignamente. Teto, farta comida caseira, fraternidade e muita brincadeira de rua.
Poderia ter ficado por lá, vivendo feliz da vida.

Entretanto algo afligia sua alma. A prosperidade!

Fato distante de ocorrer na pequena cidade, onde o alegre bom dia era o mesmo do cansado boa tarde, dia após dia.

Assim, Osvaldo convicto na busca do destino promissor, entre um cochilo e outro, apreciava o verde dos campos, enquanto seus olhos eram marejados pela força da ambição.



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