De anjos e
super-homens
Ises
de Almeida Abrahamsohn
As coisas não
estavam dando certo para Super-Gil. Ou melhor, para o anjo Gil. Ele fazia parte da corte de
anjos jovens que estavam fazendo o treinamento para se tornarem anjos da guarda
especializados em salvar humanos de potenciais perigos. Durante o treinamento deveriam provar suas capacidades realizando pelo menos três
salvamentos antes de se diplomarem. Não
é que Gil fosse menos capaz que os outros anjos, o problema é que era muito
distraído. A sua ultima intervenção tinha sido um fracasso.
Mas até que foi emocionante.
Uma das
prerrogativas dos anjos salva-vidas era poderem escolher a identidade humana que desejassem ao fazer suas intervenções terrenas. Gil não perdia nenhum episódio do Super-Man na
telinha de internet na sua nuvem particular . Portanto, escolheu a identidade
de Super-Gil. O nome era bem visível na
roupa azul e, tal como o seu
herói, tinha uma vasta capa azul que se
enfunava ao vento quando voava em velocidades
vertiginosas.
Na sua última tentativa de salvamento o alvo da
boa ação tinha sido uma senhorinha de aparência mirrada portando um guarda-chuva
e uma grande bolsa florida. A velha
senhora tentava atravessar a larga avenida
em frente a agencia bancária onde tinha
sacado o dinheiro da aposentadoria. O semáforo esverdeou e a velhinha iniciou a
travessia... Gil avistou do alto do edifício
onde estava empoleirado a motocicleta
que vinha a 200 por hora na direção da
pobrezinha. Bem treinado, Gil mergulhou
a toda velocidade, suspendeu a potencial vítima e depositou-a do lado oposto da rua. Gil com seus super poderes ainda
fez a moto se desviar e colidir
com a calçada próxima ao banco. Orgulhoso, Super-Gil esperou que sua protegida se recobrasse do susto e
agradecesse. Que nada! Dizendo meia dúzia
de palavrões a velhinha
arrepanhou as saias e se pôs a correr em velocidade de maratonista até
sumir de vista. Super-Gil ficou ali sem compreender nada. Roxo de raiva, o motoqueiro
se aproximou e começou por chamá-lo de
idiota. Era o policial que tinha sido avisado do assalto ocorrido no banco pelo notório ladrão Zé tampinha, especialista em
disfarces. De fato, o ladrão
tinha um passado glorioso como fundista.
Quanto ao anjo Gil, usou seus super poderes e levantou voo em alta velocidade,
deixando o policial com cara de bobo e pensando como conseguiria explicar a fuga do ladrão. Um cara voador, de capa e uniforme azul
chamado Super-Gil ! Se contasse,
iriam interná-lo como maluco.
As coisas não
estavam dando certo para Super-Gil. Ou melhor, para o anjo Gil. Ele fazia parte da corte de
anjos jovens que estavam fazendo o treinamento para se tornarem anjos da guarda
especializados em salvar humanos de potenciais perigos. Durante o treinamento deveriam provar suas capacidades realizando pelo menos três
salvamentos antes de se diplomarem. Não
é que Gil fosse menos capaz que os outros anjos, o problema é que era muito
distraído. A sua ultima intervenção tinha sido um fracasso.
Mas até que foi emocionante.
Uma das
prerrogativas dos anjos salva-vidas era poderem escolher a identidade humana que desejassem ao fazer suas intervenções terrenas. Gil não perdia nenhum episódio do Super-Man na
telinha de internet na sua nuvem particular . Portanto, escolheu a identidade
de Super-Gil. O nome era bem visível na
roupa azul e, tal como o seu
herói, tinha uma vasta capa azul que se
enfunava ao vento quando voava em velocidades
vertiginosas.
Na sua última tentativa de salvamento o alvo da
boa ação tinha sido uma senhorinha de aparência mirrada portando um guarda-chuva
e uma grande bolsa florida. A velha
senhora tentava atravessar a larga avenida
em frente a agencia bancária onde tinha
sacado o dinheiro da aposentadoria. O semáforo esverdeou e a velhinha iniciou a
travessia... Gil avistou do alto do edifício
onde estava empoleirado a motocicleta
que vinha a 200 por hora na direção da
pobrezinha. Bem treinado, Gil mergulhou
a toda velocidade, suspendeu a potencial vítima e depositou-a do lado oposto da rua. Gil com seus super poderes ainda
fez a moto se desviar e colidir
com a calçada próxima ao banco.
Orgulhoso, Super-Gil esperou que sua protegida se recobrasse do susto e
agradecesse. Que nada! Dizendo meia dúzia
de palavrões a velhinha
arrepanhou as saias e se pôs a correr em velocidade de maratonista até
sumir de vista. Super-Gil ficou ali sem compreender nada. Roxo de raiva, o motoqueiro
se aproximou e começou por chamá-lo de
idiota. Era o policial que tinha sido avisado do assalto ocorrido no banco pelo notório ladrão Zé tampinha, especialista em
disfarces. De fato, o ladrão
tinha um passado glorioso como fundista.
Quanto ao anjo Gil, usou seus super poderes e levantou voo em alta velocidade,
deixando o policial com cara de bobo e pensando como conseguiria explicar a fuga do ladrão. Um cara voador, de capa e uniforme azul
chamado Super-Gil ! Se contasse,
iriam interná-lo como maluco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário