A Cisticercose - Fernando Baga





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A Cisticercose
Fernando Baga



Introito

O Cisticercus cellulosae é o agente que produz a cisticercose.
A forma adulta é o verme conhecido como Taenia Solium ou Solitária.
Cresce no intestino do homem, prendendo-se a ele pelo seu escolex.
Atinge de 6 a 10 metros de comprimento. Elimina seus anéis grávidos ou proglótides pelas fezes.
Cada anel contém cerca de 50.000 cisticercos.
Comendo alimentos contaminados pelos cisticercos, origina à cisticercose no homem.



A cisticercose cerebral
Conhecido como uma Solitária,
Este verme achatado como talharim,
No intestino do homem se instalando,
Se enclausura no confortável camarim.

Comendo carne do porco crua,
Dos porcos a pele, contendo a canjiquinha,
Os cisticercos, vivos e ativos irão
Se desenvolver em sua barriguinha

Prendendo firmemente seu escolex
E crescendo metros em extensão,
Vai soltando seus anéis grávidos
Os proglótides visíveis, durante a evacuação.

O porco, as fezes humanas ingerindo,
Estes anéis, em seu estomago vão se abrir,
Dando origem à saída de milhares de ovos
Com cisticercos, para em seu interior florir.

As paredes do estômago atravessando,
E dirigindo-se aos tecidos preferidos,
Pela circulação geral, usando a via certa,
cérebro, músculos, globo ocular, são atingidos

Nestes tecidos se desenvolver irão,
Formando pequenas vesículas nacaradas
Do tamanho de ervilhas, grãos de milho,
Contendo líquido e por vezes calcificadas.

É o que frequentemente atinge o porco,
Nossa vítima, que fezes humanas adora
Irão desenvolver a chamada cisticercose,
Que em seus músculos aparece sem demora.

Carne de porco malcozida que comemos,
Ou crua nas linguiças feitas às pressas,
Contaminados por esta doença nos tornamos,
Por cisticercos vivos dentro destas peças.

Prendendo-se ao intestino com seu escolex,
A Taenia Solium terá a sua origem,
E conhecida como a famosa Solitária
Metros e metros de tamanho atingem.

Da Taenia, seus anéis com as fezes saem,
 E por um bom tempo ficarão viáveis,
E quando o papel do suíno exercermos
Contaminações se tornarão notáveis.

De maneira semelhante ao porco,
Os anéis sendo abertos em nosso estômago,
Multidões de cisticercos na circulação cairão
Indo a órgãos especiais, atingir seu âmago.

O ciclo completo deste parasita,
Pela própria natureza tão aclamativo
Tem os suínos como intermediários
E o homem hospedeiro definitivo.

Lembrando o porco, animal doméstico,
Torna-se a vítima quando lhe oferecemos bosta,
Para que coma em privadas rústicas,
Ou em quintais, pomares, horta.

Qualquer pessoa, com Taenia no intestino
Que em horta, pomar, apertado estar
Após consumir o seu ato fisiológico,
Frutas, verduras irá contaminar.

Queridos amigos, meus concidadãos,
Meu sofrimento, por anos e anos a fio
Tem sido atroz, humilhante mesmo,
Por esta doença indigna, um desafio.

A maldita neurocisticercose presente
Que na própria infância adquiri,
Tendo sido atingido em cheio,
Por diversas vezes quase morri.

Em minhas andanças por fazendas, sítios
Com belas hortas, verduras, frutas à beça
Colhia mangas espalhadas pelo chão,
E sem lava-las, as comia bem depressa.

Na proximidade alguém evacuara,
E a chuva sobre as frutas despejara
Eu as comia sem qualquer limpeza
E este verme meu cérebro infectara.

Uma cefaleia intensa se apoderou então,
De mim, uma criança, começando a vida,
Muitos vómitos e convulsões eu tive,
Uma doença para meus pais muito sentida.

Para grande centro médico conduzido fui,
Onde a tomografia da cabeça registrou
Dezenas de vesículas de cisticercos calcificados,
Que por todo meu cérebro se espalhou.

O tratamento neurológico instituído,
A pressão em meu cérebro compensou,
Restando, contudo, convulsões frequentes,
Que por algumas décadas muito me judiou.

Em minha vida, sempre privado fiquei,
Sempre com medo de esportes praticar,
Com meus colegas a cervejinha beber,
Também viajar sozinho, nadar, guiar.

Trabalhando com meu pai, hoje feliz estou
Medicações novas, estas crises controlou,
Não pensar mais nesta doença consegui,
Casei-me, tive filho, minha vida melhorou.

Hoje como um Expert conheço,
Os detalhes desta doença grave e cruel,
Própria de regiões subdesenvolvidas,
Sem boa cobertura sanitária, fiel.

Forma grave de neurocisticercose eu tive,
Embora, outras piores desta doença existam,
Trazendo cegueira, paralisias, morte,
Feliz estou, mas futuras  convulsões assustam.


Introito

O Cisticercus cellulosae é o agente que produz a cisticercose.
A forma adulta é o verme conhecido como Taenia Solium ou Solitária.
Cresce no intestino do homem, prendendo-se a ele pelo seu escolex.
Atinge de 6 a 10 metros de comprimento. Elimina seus anéis grávidos ou proglótides pelas fezes.
Cada anel contém cerca de 50.000 cisticercos.
Comendo alimentos contaminados pelos cisticercos, origina à cisticercose no homem.




A cisticercose cerebral
Conhecido como uma Solitária,
Este verme achatado como talharim,
No intestino do homem se instalando,
Se enclausura no confortável camarim.

Comendo carne do porco crua,
Dos porcos a pele, contendo a canjiquinha,
Os cisticercos, vivos e ativos irão
Se desenvolver em sua barriguinha

Prendendo firmemente seu escolex
E crescendo metros em extensão,
Vai soltando seus anéis grávidos
Os proglótides visíveis, durante a evacuação.

O porco, as fezes humanas ingerindo,
Estes anéis, em seu estomago vão se abrir,
Dando origem à saída de milhares de ovos
Com cisticercos, para em seu interior florir.

As paredes do estômago atravessando,
E dirigindo-se aos tecidos preferidos,
Pela circulação geral, usando a via certa,
cérebro, músculos, globo ocular, são atingidos

Nestes tecidos se desenvolver irão,
Formando pequenas vesículas nacaradas
Do tamanho de ervilhas, grãos de milho,
Contendo líquido e por vezes calcificadas.

É o que frequentemente atinge o porco,
Nossa vítima, que fezes humanas adora
Irão desenvolver a chamada cisticercose,
Que em seus músculos aparece sem demora.

Carne de porco malcozida que comemos,
Ou crua nas linguiças feitas às pressas,
Contaminados por esta doença nos tornamos,
Por cisticercos vivos dentro destas peças.

Prendendo-se ao intestino com seu escolex,
A Taenia Solium terá a sua origem,
E conhecida como a famosa Solitária
Metros e metros de tamanho atingem.

Da Taenia, seus anéis com as fezes saem,
 E por um bom tempo ficarão viáveis,
E quando o papel do suíno exercermos
Contaminações se tornarão notáveis.

De maneira semelhante ao porco,
Os anéis sendo abertos em nosso estômago,
Multidões de cisticercos na circulação cairão
Indo a órgãos especiais, atingir seu âmago.

O ciclo completo deste parasita,
Pela própria natureza tão aclamativo
Tem os suínos como intermediários
E o homem hospedeiro definitivo.

Lembrando o porco, animal doméstico,
Torna-se a vítima quando lhe oferecemos bosta,
Para que coma em privadas rústicas,
Ou em quintais, pomares, horta.

Qualquer pessoa, com Taenia no intestino
Que em horta, pomar, apertado estar
Após consumir o seu ato fisiológico,
Frutas, verduras irá contaminar.

Queridos amigos, meus concidadãos,
Meu sofrimento, por anos e anos a fio
Tem sido atroz, humilhante mesmo,
Por esta doença indigna, um desafio.

A maldita neurocisticercose presente
Que na própria infância adquiri,
Tendo sido atingido em cheio,
Por diversas vezes quase morri.

Em minhas andanças por fazendas, sítios
Com belas hortas, verduras, frutas à beça
Colhia mangas espalhadas pelo chão,
E sem lava-las, as comia bem depressa.

Na proximidade alguém evacuara,
E a chuva sobre as frutas despejara
Eu as comia sem qualquer limpeza
E este verme meu cérebro infectara.

Uma cefaleia intensa se apoderou então,
De mim, uma criança, começando a vida,
Muitos vómitos e convulsões eu tive,
Uma doença para meus pais muito sentida.

Para grande centro médico conduzido fui,
Onde a tomografia da cabeça registrou
Dezenas de vesículas de cisticercos calcificados,
Que por todo meu cérebro se espalhou.

O tratamento neurológico instituído,
A pressão em meu cérebro compensou,
Restando, contudo, convulsões frequentes,
Que por algumas décadas muito me judiou.

Em minha vida, sempre privado fiquei,
Sempre com medo de esportes praticar,
Com meus colegas a cervejinha beber,
Também viajar sozinho, nadar, guiar.

Trabalhando com meu pai, hoje feliz estou
Medicações novas, estas crises controlou,
Não pensar mais nesta doença consegui,
Casei-me, tive filho, minha vida melhorou.

Hoje como um Expert conheço,
Os detalhes desta doença grave e cruel,
Própria de regiões subdesenvolvidas,
Sem boa cobertura sanitária, fiel.

Forma grave de neurocisticercose eu tive,
Embora, outras piores desta doença existam,
Trazendo cegueira, paralisias, morte,
Feliz estou, mas futuras  convulsões assustam.


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