EUSÉBIO, O BOMBEIRO - Oswaldo Romano



EUSÉBIO, O BOMBEIRO

Oswaldo Romano     
                                                         
Ela, atendeu ao telefone da guarnição do Corpo de Bombeiros. Recebeu o chamado,  tomou as providências.

        Na curva oito da Br 101 um caminhão carregado com mercadorias, o motorista perdeu o controle e caiu na ribanceira.

        Acionada a prontidão da guarnição, o sargento Eusébio reuniu seus homens.

        — Ao trabalho! Ordenou: Equipe a postos.

        O porte físico do Eusébio, contribuiu para ganhar a confiança do Coronel e chefiar essa unidade.

        — Alarmes ligados, temos que impedir os saques.

Lá, no quilômetro 101 tinha gente como formiga, os favelados avançavam sobre os pacotes. Ouvem os alarmes, chegam os bombeiros. As mulheres se retraem, elas dão mais respeito às autoridades.

        Eusébio se impondo, os mais próximos se afastam, mas não desistem. Eusébio aciona a polícia, não cabe ao bombeiro o papel de policiamento. Diz para si:  Sou um bombeiro, sou treinado para matar fogo e não matar a fome desses famintos.

        A equipe que cuidava do motorista ainda preso nas ferragens, contava agora também com a experiência do chefe.

        Quando a polícia chegou, restava pouco daquela carga. Não são bandidos, são necessitados. Desocupados porque o governo com sua ajuda os incentiva, desestimulando-os de trabalhar.

        Escolas fracas, maus professores, lá encontram amigos não só para o esporte, mas também para o vicio e assaltos. Ela, a viatura 30 da polícia cobriu aquele acidente. Finalmente, livraram o motorista das ferragens. Ele, levemente ferido foi transportado para o hospital.


        Eusébio, com a missão cumprida acionou um guincho, reagrupou seus homens, retornou para o quartel. Pouco depois, sua guarnição estava pronta, de plantão, aguardando outro chamado.

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