LINDO PASSEIO
Mário
Tibiriçá
Pontualmente as nove
horas da manhã meu carro parou na
porta do prédio onde mora Mercedes, e disparei imediatamente a buzina de ar
comprimido: “FIM FOM – FIM FOM- FIM FOM”
Logo
Mercedes apareceu saindo do prédio, e
pude admirar sua linda silhueta.
Alta,
corpo muito bem proporcionado, negros cabelos esvoaçando ao vento, sorria
alegremente, um anjo de beleza e candura. Enquanto a observava sorrindo também,
por amar aquela feiura toda.
—
Podemos partir já - disse eu - o carro está preparado, o
roteiro bem
Programado,
e o dia está lindo.
—
O que é que você bolou? - perguntou ela.
— Vamos para o litoral norte, onde o oceano é CALMO. Os
golfinhos, donos daquela praia, passeiam
próximo da orla, e a areia fina é veludo para nossos pés.
—
Tóca o barco respondeu ela - mostrando a maravilhosa boca, enfeitada por um
colar de dentes brancos e perfeitos tal qual o teclado de meu piano.
Deixar
o pesado trânsito dos veículos na cidade, com a algaravia das buzinas, além do
relinchar dos pneus no asfalto causticado pelo
sol ardente, é para mim uma alegria.
Rugindo
alegremente, o motor do meu carro levou-nos rapidamente a enveredar pelas sinuosas
estradas rumo ao litoral.
Em
breve avistávamos as infindáveis praias,
delimitadas pelo oceano que as apertavam contra a mata atlântica, transformando-as numa imensa passadeira branca brilhando ao
sol.
O
chalé alugado era simples e limpo.) Era tudo e era nada, apenas um esconderijo contra o procurado sol. Mas,
com a certeza um ninho de amor.
Mãos
dadas, molhados pelas límpidas e pesadas
ondas do oceano, corpos revestidos da areia fina colada, entravamos mata adentro tentando alcançar as clareiras formadas
por poderosas e centenárias arvores,
junto a raquítica vegetação costeira.
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