DIALOGOS - HISTÓRIAS CURTAS - Oswaldo U. Lopes

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DIALOGOS - HISTÓRIAS CURTAS
            CELULAR NA FILA DO BANCO
─ Mamãe você pode pegar o Raulzinho na saída da escola?
─ Posso sim. Que boa novidade, desde que você se separou daquele crápula e veio morar conosco, só vive para o trabalho e para o Raulzinho.
─ Obrigada tá! Às vezes eu penso que a vida tem jeito né?
─ Claro que tem! Por falar nisso aquela mancha roxa que você tinha no pescoço no café da manhã tem alguma relação com sua chegada tarde da noite na véspera?
─ Mamãe!
─ Você saiu com uma echarpe para disfarçar? Não me diga que foi fazer uma visita para o seu ex. Com tanto homem por ai!
─ Mãeeeeeeeeeeeeeeeee! Que horror. Que vergonha!
─ Horror nada, vergonha é roubar e não poder carregar. Pergunta pros políticos.
─ Mãe eu estou na fila do banco esta cheio de gente e eu não consigo desligar o viva voz. Te manca tá!

                             CORRIDA MALUCA
A cena era curiosa e inusitada, como que do nada o homem saiu correndo da casa antiga e disparou rua acima. Não resisti, corri para alcança-lo e ainda tive que manter o passo para poder falar e ouvir:
─ Por que essa corrida maluca?
─ Aquela casa vai explodir
─ Como?
─ A-que-la ca-sa vai ex-plo-dir, entendeu?
─ Como você sabe?
─ Fui eu que coloquei a bomba lá dentro.
─ Você é louco?

─ Não, sou o beneficiário do seguro.

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