Démodé - José Vicente J. de Camargo


Démodé
José Vicente J. de Camargo


Convite por telegrama pedindo urgência?

Só mesmo Juca com suas excentricidades démodés pode me levar a este estado de aflição, sem saber o que fazer, se aceito ou não, o corpo quer, a vontade mais ainda, mas a razão pede calma...

Mas, o convite é dele, me chamando pra si, me abrindo as portas, despertando a saudades, inflando o desejo... Deixe que falem que vou entrar numa fria, vou sofrer novamente, me arrepender, não me importo, arrumo as malas, trópico, roupas leves, floresta, índios, com certeza mosquitos, dengue? Levar repelente, celular não adianta, sem sinal, ainda bem, a paz agradece.

Guardar segredo é démodé? Paixão é démodé? Para mim não, desde que o conheci não me dá descanso, é o que me alimenta,  me mantém viva a espera desse encontro de ressurreição, de revelação, de fazer o segredo virar realidade...

De gozar a vida.


Venha logo táxi, avião não espera!

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