A IDADE DA RAZÃO
Antonia
Marchesin Gonçalves
Pessoas
da nossa idade, que passaram dos sessenta, são objetivas, sabem o que querem,
já têm sabedoria e discernimento suficientes para não caírem em garimpagem de
pseudo-professores militantes. É o caso
de certo professor que tive e que ressalto aqui.
Após
alguns anos frequentando o curso para a terceira idade, de
ensino continuado, atualização e reciclagem em todas as disciplinas da PUC, tenho
o prazer de fazer novos e excelentes amigos. No intervalo temos a opção de
frequentar as lanchonetes, tomamos cafés ou outras guloseimas naturebas ou não,
para voltamos animadas com o que vamos aprender.
Excepcionalmente
o atual professor das aulas de segunda, teólogo e ex- padre, o tema de sua aula
era para ser sobre “Mística”. Animados na primeira aula, classe estava lotada,
todos curiosos pela nova matéria que entrava para o currículo.
No entanto,
na segunda aula não, ele ao invés de ensinar sobre mística, tentou doutrinar os
alunos usando muitos textos bíblicos sobre Deus e Cristo, tudo para falar sobre
problemas sociais do país, sobre os 14 milhões de desempregados e outras
colocações inadequadas, mais políticas que educativas. Eu não pude ficar quieta
e discordei em muitas de suas observações colocando a minha opinião, em que a
maioria dos alunos, sinalizaram com a sua aprovação.
Já na
terceira aula mudou a tática e passou para a autoajuda usando vídeos,
escurecendo a sala, muitas colegas chegaram a dormir de boca aberta.
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