O NADA
Maria
Amelia Favale
É
difícil falar ou escrever sobre o nada.
Talvez
a memória possa ajudar, já que ela nunca se lembra de nada, mas como apelar
para o nada.
De
repente me lembrei de um tanque grande completamente vazio. Mas houve um tempo
que ele esteve cheio de água, e foi esvaziado. E agora, cheio de nada?
A
pergunta, do qual nada estamos tentando falar,
o
nada da cabeça de um inventor ou de um escritor?
Neste
contexto é mais difícil falar porque já sabemos que alguma coisa continha.
E
se lembrarmos o recém-nascido, podemos afirmar que há nada ou seu cérebro está
vazio?
Me
desculpem, mas não consigo encontrar o NADA, que significa a não existência de
qualquer coisa.
Sou
obrigada a abrir mão do meu cérebro, de não poder imaginar onde encontrar o
NADA.
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