A FÚRIA. - Mario Augusto Machado Pinto


A FÚRIA.
Mario Augusto Machado Pinto


Puta la méldia, como é que um restaurante de nome e chiquê como este pode servir “fusilli al pesto”, isso é coisa de marmiteiro, é com molho de “pomodoro”, estúpido, burraldo e ainda por cima cobrar R$56,00 por um prato servido como pra quem está de regime, é o cúmulo, devia fotografar e mandar com a indicação pra “Vejinha”, sim senhor, mas não adianta, está feito e pronto, tchau e benção, até nunca mais seus filhos da, como não conheço vossas mães vai só filhos daquela coisa, olha! o degrau da saída não tem faixa amarela, “quando morrer, não quero choro nem vela, quero uma fita amarela gravada com o nome dela”, Zenaide, que pernas, a batida está fazendo efeito, mas o que é aquilo ali, gabarito do exame do ENEM, será que o Fábio tira nota? Acho que sim, afinal estudava com a Nancy, puta nome, até de madrugada, pra mim também estudava anatomia, ah, é ali o ponto do bus, tem que esperar, devia ter o aplicativo do UBER, garota bonita, merece uma foto, está cansada a coitadinha, entramos juntos, eu quero pegar nela, opa, opa quase cai com o balanço do arranco, se apoia aqui no degas, vem, apoia, hum, perfume de verbena, safadinho, já estou agarrando, vou resistir até quando? Encosta em mim, encosta, até na Aclimação.  

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