ADELAIDE
M.Luiza
de C.Malina
Já
não era sem tempo! Adelaide deveria entrar em contato com a família. Isto a
encarcerava à angustia do viver em contraste às lembranças da pequena cidade
interiorana.
Os
dias voam em direção das tarefas inacabadas. Enumera-as no compasso dos passos,
sem perceber o trânsito a sua volta, as cotoveladas, e os ensurdecedores
pedidos de desculpa dos transeuntes.
Não
caminha. Não voa. Levita em seus compromissos. O forte som de uma buzina a estancou.
Estarrecida
julga-se incapaz de aceitar o que os olhos lhe apontam. Um atropelamento! O
atropelamento das ideias a conduz à realidade que esmaga sua própria vida, pela decisão precipitada de
um casamento desfeito.
Sem
retroceder os passos do caminho da vida, passa pelos dias aclarando-os em
devaneios compassados para não sentir as
cotoveladas da vida!
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