O sonho de Quitéria - Ana Maria Pinto


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O sonho de Quitéria
Ana Maria Pinto

Viajar era um sonho na vida dela. Isto se passava nos anos 50 quando os deslocamentos eram muito mais difíceis, e caras. Então, Quitéria resolveu ser aeromoça. Além de viajar ainda ganharia dinheiro.

Mas, era difícil a admissão para o curso e as exigências eram tantas. Além da parte física, tinha que dominar no mínimo dois idiomas estrangeiros e ainda tinha que arcar com o preconceito dos mais conservadores. Embora uma parte da sociedade valorizasse o trabalho outra parte achava um absurdo: onde já se viu uma " menina de família " ir servir refeições num avião!

Depois de muitas discussões com a família e amigos Quitéria conseguiu entrar para o curso: entre 600 candidatas, somente entraram 15.

O curso foi longo, mas bem interessante. Vários comandantes davam aulas de segurança a bordo, procedimentos em caso de emergência, além de um apanhado geral sobre o funcionamento da aeronave.


Quando finalizou o curso, e ela ia começar a voa, foi pedida em casamento e teve que sair pois naquela época aeromoças não podiam ser casadas. Assim, Quitéria casou e foi para África onde teve muitas oportunidades de viajar.

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