MARIDO SAFADO - Carlos Cedano


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MARIDO SAFADO
Carlos Cedano

Quem a mandou bisbilhotar nas roupas do marido? Quem procura acha! Foi num bolso do paletó de seu marido Paulo que Rita achou a carta comprometedora, não estava assinada, ma  estava impregnada a marca vermelha de lábios que insinuavam um beijo ardente; deve ser duma aventureira sem dúvida - pensou Rita- está tarde vou ter uma conversa com esse safado,  e continuou esbravejando já à beira de um colapso nervoso.

Ainda revirava as roupas quando achou outra carta, agora já não era mais uma suspeita, era uma certeza. Derramou-se em lágrimas. Depois de um bom tempo acalmou-se e pensou no que lhe diria, não poderia negar as evidencias!

Já quase noite escutou o carro entrando na garagem, a esposa respirou fundo e disse para si mesma: Agora ele vai saber com quantos paus se faz uma canoa. Entra o marido e encontra a esposa na sua frente segurando a carta na mão e mostrando-a  começou seu sermão, mas naquele instante as palavras se embaralharam na sua boca que nem ela própria entendia o que dizia. Rita desmaiou, Paulo retirou a carta de sua mão e a guardou, foi procurar um copo d’agua na cozinha onde achou a outra carta. Depois levou a esposa para o pronto socorro onde a médica de plantão receitou-lhe um forte tranquilizante.  Rita dormiu durante dois dias. Quando acordou estava numa clínica e dizia não se lembrar de nada, a seu lado o marido com um belo buquê de rosas vermelhas sorria na maior cara de pau, estava acompanhado pelos seus sogros e cunhados, todos sorridentes e felizes com a sorte da Rita ter um marido como Paulo num momento tão difícil de sua vida!


Rita limitou-se a agradecer friamente a Paulo pelas rosas; logo os parentes se despediram e o casal foi para casa no dia seguinte. A esposa não achou os bilhetes e nem perguntaria por eles, mas a infidelidade do marido estava gravada no coração e ela não deixaria barato essa traição. Prepararia uma vingança, sua infidelidade merecia um castigo, mas teria que ser preparada com cuidado.

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