ALI MESMO NA ENTRADA DA USP - Oswaldo U. Lopes

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ALI MESMO NA ENTRADA DA USP
Oswaldo U. Lopes

         Arminda era prostituta. A profissão não era proibida, proibida era a exploração do lenocínio. Aquela avenida que levava para dentro da USP era manjada e conhecida. Todo mundo chamava de putusp. Arminda era gente embora nem todos acreditassem nisso, tinha uma filha de oito anos, Andreia e a comida que comiam dependia desse trabalho.

        Noite fria de junho, nenhum carro, nenhum transeunte, nem mesmo o cafetão aparecera.


        Hoje ela e Andreia iam passar é fome. Do nada surge um carro meio mambembe, serviço completo por um quarto do preço. Pegar ou largar. Estomago vazio ou meio cheio. Jurara de dedo cruzado que Andreia ia escapar dessa vida. Será? Iria?  

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