COMO? - Mario Augusto Machado Pinto





COMO?
Mario Augusto Machado Pinto

O que mais se ouve das pessoas nos dias que antecedem o Natal, é a dúvida, a ansiedade por ela gerada ao decidir sobre o que comprar para obrigatoriamente presentear alguém quando se comemora o nascimento do Menino Jesus. Em geral, as pessoas já têm de tudo, nada necessitando. Só se for para trocar alguma coisa que já se gastou ou para dar algo a quem nada ou quase nada tem.

Seria essa a finalidade da comemoração natalina? Comprar, dar, e receber presentes? Comer o presunto com molho de abacaxi, peru estufado com farofa de ameixa, rabanadas, beber espumante, café e licor? Claro que não! Mas, é o que a maior parte das pessoas faz esquecendo-se do acontecimento religioso. Sequer se preocupam em saber o porquê ou qual foi o 1º presente.

Aqui entre nós, estudados e instruídos, com longa vivência, que ninguém nos escute: quem sabe qual foi o 1º presente dado no 1º NATAL?

Pois é. Foi Ele mesmo, o próprio Menino Jesus que nos foi dado como nosso salvador para morrer por nós na cruz.

Não quero impor crença religiosa, mas apesar de estudar durante anos em colégio com  instrutores de fé católica, não me marcaram as celebrações feitas antecipadamente à data – dezembro era mês de férias - nem aquelas na casa dos meus pais e parentes. Há lembranças de alguns fatos como que filtrados por vidros foscos; vultos de pessoas de quem não guardo as feições, algumas imagens meio disformes das quais não me lembro dos nomes.

Isso acontece com outras gentes que procuram lembranças em fotos amareladas, cartões de Natal, de Boas Festas ou as Boas Festas de comida e bebida, repartida com parentes sempre presentes, com os amigos e conhecidos, que se viam e frequentavam algumas vezes por ano ou, ainda, estuporado de tanto beber e comer pipoca, acomodar-se para ver pela tv o show do ano, o filme The Bells of St. Mary's (Os sinos de Santa Maria) em que o padre Charles "Chuck" O'Malley (Bing Crosby) canta para a belíssima freira  Mary Benedict  (Ingrid Bergman) a canção “I'm dreaming of a white Christmas “.
 Acontece? Sim, acontece.

Podem dizer que é por ter bastante idade ou memória fraca e outras justificativas mais. No meu entender não é isso, não. Senão, como é que nos lembramos de alguns presentes ganhos, de pessoas de mais idade, parentes que deixaram imagens fugidias no tempo? Falta espirito natalino? O que é isso? Estou confuso com tanta confusão me envolvendo.  Lamento, mas no momento não tenho estória de Natal nem sei como criar uma e não vou fazer relambório por causa disso.

Na verdade gostaria que o Dia de Natal fosse comemorado por e com pessoas de espírito religioso, de qualquer crença, não importa; que as pessoas perdoassem as que as ofenderam; que presentes e homenagens fossem dadas e prestadas justo no dia da lembrança da visita dos Reis Magos, como feito por eles há 2.014 anos. Gostaria que o Presépio não fosse olhado como mais um enfeite no meio de tantos outros. Tudo um tanto diferente da atual realidade vivenciada por nós. Falta ALEGRIA  transmitindo ao próximo mensagem de paz e união. Entenderemos o mundo novo? E ele a nós?

Terei ou teremos tempo para isso? Ficarei ou ficaremos mais felizes e contentes? Não sei. Talvez sim, talvez não.  Do meu lado, sim, talvez  por estar meu horizonte cada vez mais perto e me obrigar a imaginar me acostumar a pensar no deixar meus queridos para trás? Também não sei, mas ainda posso desejar a VOCÊS e aos seus, toda a alegria para terem um FELIZ NATAL!


BOAS FESTAS E FELICIDADES PARA 2.015.



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