O
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS
Oswaldo Romano
Em 1822 nascia a fotografia. Com esse
revolucionário invento, jamais seu descobridor imaginou tamanho sucesso que
viria anos depois. Feito do físico francês Nicéphore Niepce, falecido pouco
depois, em 1833.
Pouco tempo mais em, 1839, o também
francês Daguerre e o inglês Talbot, em seus países anunciaram a construção das
primeiras máquinas tidas como maravilhosas.
Antes deles, só a luz projetava imagens
pelas sombras. As centenas de pintores retratistas, não contavam com uma
concorrência tão violenta. E foi a luz, indispensável para os artistas do
pincel, que deu origem aos inventores das inacreditáveis máquinas.
Comecei nesse meio em 1951. Fui
conquistado pela maravilha de ver transportado para o papel, às imagens reais
embutidas nos rolinhos de películas de acetato. Fiquei interessado em tudo que
dizia respeito ao assunto, inclusive da difícil manipulação no laboratório,
local que você não sabia quando era dia ou noite. Incansáveis pesquisas de
livros nas bibliotecas, incríveis garimpagens nos sebos.
Tornei-me um reporte fotográfico. Estava
voltado à procura de renda e não da fama almejada por muitos. Álbuns de
formaturas, casamentos, eventos, eram meu forte. Isso não impedia perseguir a arte.
Os álbuns primitivos
eram estojos feitos de couros, ou capas do mesmo material. Quase sempre
entalhadas. A variedade é muito grande. A mostrada aqui é de madeira marchetada,
do meu ateliê. Respeitando-se a época, era bem aceita, considerada uma pequena
obra de artesanato.
CADA ÁLBUM ERA FEITO PARA GUARDAR MOMENTOS QUE
O PASSADO HOJE, LUTA PARA NÃO PERDER.
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