INDIVIDUAÇÃO
Luisa
Helena Rodrigues Alves
E aí se nasce. Bem ou mal se evolui, cresce. De criança à jovem
de jovem a adulto. Fazem-se as escolhas ou as escolhas fazem-nas pela gente.
Estudar ou não ou o quê? Casar ou Não. Ter filhos ou não e a profissão é a mais
difícil de escolher. Os pais querem uma coisa, a gente outra. Como conciliar
tudo? Depois matar um leão por dia. É o lema da nossa cultura...
Aí se vão os anos, trabalhando
para ter progressos, conquistas materiais, com os filhos crescidos aprontando
para irem para o mundo, ufa! Agora vou viver mais folgado! Doce ilusão...
Começa- se a ajudar os filhos a irem para o mundo! Ficamos
mais velhos e agora? O homem aposentado no geral se deprime. Foi criado para
batalhar a vida, enfrentar os altos e baixos, manter o padrão conquistado a
duras penas. A mulher, se não tem um trabalho fora, vive seu tempo livre a
cuidar da aparência, suas roupas, seu cabelo, em fazer plástica ou aceitar suas
rugas. Os limites físicos começam a aparecer. Aqueles que deixaram para se
divertir depois de aposentados se confrontam com doenças ou limites
financeiros. Vêm os pais já velhinhos e os netos que trazem muita alegria. Cantar,
dançar, fazer teatro, jogar tênis, coral, participar de grupos de leitura ou escrita,
ser voluntário onde se recebe mais do que se dá.
Incrível como seres maduros e com mais sabedoria não
conseguem descobrir seus talentos não desenvolvidos, que nos gratificam a vida
toda. Nem tudo está perdido, continuemos lutando. Sejamos mais amigos dos
filhos, dos amigos, e de si mesmos. Ter tempo para ler, cantar viajar, aprender
coisas novas... O SONHO NÃO ACABOU!
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